Novo Itocolomi: polo de sucesso para banana e outras frutas
PUBLICAÇÃO
sábado, 13 de janeiro de 2018
Nos quase 200 mil quilômetros quadrados do território paranaense, existem muitas regiões com cases importantes relacionados à fruticultura. Bolsões de sucesso, de fruticultores capitalizados, que provam que é possível o Paraná galgar objetivos maiores na cadeia. Desta forma, o Plano Nacional de Desenvolvimento da Fruticultura pode cair como uma luva no Estado nos próximos anos.
A pequena cidade de Novo Itacolomi a aproximadamente 100 quilômetros de Londrina pode passar despercebida num primeiro momento. O que talvez o leitor não saiba é que de lá saem aproximadamente 26,4 toneladas de banana nanica semanalmente que abastecem as Ceasas de Maringá, Londrina, mercado de Ponta Grossa, além da alimentação escolar de 23 municípios da região. O montante anual chega a 2,3 mil toneladas e o VBP (valor bruto de produção) próximo de R$ 1,4 milhão.
MANEJO E DESAFIOS
No manejo, ele cita alguns cuidados que o produtor precisa ter ao longo da safra de banana, como por exemplo o ensacamento dos cachos, retiradas de folhas e aplicações de defensivos de forma eficiente. Aliás, esse é um problema que incomoda os produtores.
Segundo o presidente da cooperativa, em outros estados a lista de defensivos é maior para combater pragas e doenças e como o Paraná não libera muitos deles, a banana paranaense acaba perdendo competitividade. "O Estado nos ajuda pouco. Sem essas liberações, acabamos tendo que aplicar outros produtos e em maior volume. Entretanto, a banana produzida em outros locais pode ser vendida aqui sem nenhum problema."
Um caso recente foi para o combate da broca da bananeira, inseto capaz de comprometer 30% da produtividade. Com a proibição do uso produto químico específico, a Cofai, em conjunto com a Emater, buscou um saída para enfrentar o problema: um inseticida biológico a base de fungo, o beauveria.
Outro desafio esse muito comum no campo é a dificuldade na sucessão familiar e falta de mão de obra. "Estamos sem juventude na roça. Se não tiver incentivos àqueles que têm condição de tocar (a lavoura), tudo vai acabar. É claro que temos condição de incrementar a produção, melhorar a qualidade para exportar, mas precisamos colocar a cabeça na profissionalização do trabalho", resume. (V.L.)