O clima favorável garantiu ao Paraná a terceira maior produtividade nas lavouras de soja na safra deste ano. A cultura precisa de calor e de chuvas bem distribuídas e nem as insistentes chuvas nos meses de janeiro e fevereiro prejudicaram as lavouras. O resultado foi uma safra recorde, com a produção de 11 milhões e 800 mil toneladas.
  A área plantada no Estado aumentou 1,4% e passou dos 3,896 milhões de hectares para 3,950 milhões de hectares. A pesquisa que vai identificar os números ainda não foi fechada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), mas a expectativa é registrar um aumento das lavouras, em todo o Brasil. Os números devem ser apresentados no final deste mês.
  A experiência dos produtores e a boa produtividade da soja, segundo o engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), Otmar Hubner, garantiram também um bom preço na comercialização. ‘‘O mercado internacional está aquecido e as cotações internacionais estão acima de US$ 300 por tonelada (t), o que é um preço muito bom’’. A média histórica do preço da soja é de US$ 220/t.
  Em agosto do ano passado, o preço médio da soja comercializada no Paraná foi de R$ 23,91 a saca. Em setembro, o preço da saca aumentou para R$ 24,50 e em novembro, a saca chegou a R$ 29. ‘‘A soja está sendo comercializada acima dos preços praticados na última safra e a tendência é manter um preço bom’’, afirma o agrônomo. Na última terça-feira (dia 14), o preço da soja foi cotado em R$ 31,23.
  O estoque mundial de soja é alto (51,6 milhões de toneladas) e a demanda é considerada boa, segundo o agrônomo. A expectativa é que os preços melhorem ainda mais, principalmente com a especulação do clima nos Estados Unidos. O tempo seco tem prejudicado a colheita que está no início e só termina em novembro. ‘‘Se a safra não for boa lá, o preço melhora ainda mais por aqui’’, afirma Hubner, que prevê bons preços também para a próxima safra.