Além do interesse econômico, a iniciativa já demonstrou ter um impacto sensível para o clima. Hoje a pecuária é a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa do País - por causa do metano que sai na fermentação entérica do gado, pouco atrás do desmatamento. Colocar mais bois num mesmo espaço, com boas práticas que reduzem o tempo para o abate, diminui essa contribuição.
Uma análise do Imaflora sobre o projeto piloto calculou que as emissões caíram 20% por hectare de pastagem das propriedades. A redução é ainda mais significativa se for considerada a emissão por quilo de carne produzida - que é o grande objetivo: produzir mais emitindo menos. Nesse caso, como a eficiência produtiva cresceu cerca de 2,5 vezes, houve uma redução de 60% das emissões por quilo de carne.
"Nas áreas em que administramos a reforma integral, houve redução de emissão de 40% por hectare e de 90% no quilo de carne produzida. É por isso que acreditamos que tem de ganhar escala. Poucos setores têm potencial tão grande de reduzir emissões", afirmou Laurent Micol, diretor de governança e investimentos da Pecsa. (G.G./A.E.)