A atualização do Relatório de Estimativas Agrícolas do Departamento de Agricultura Americano (USDA, na sigla em inglês), divulgado na última quarta-feira, indicou alta de 1% na produção brasileira de soja, para 102 milhões de toneladas. A diferença, de 1 milhão de toneladas, é grande em relação à safra anterior, de 5,7% a mais do que os 96,5 milhões de então.

De acordo com a previsão divulgada na última quarta-feira, os estoques finais para o Brasil serão 11% maiores do que o estimado um mês antes, ou uma alta de 16,6 milhões de toneladas para 18,5 milhões de toneladas. No entanto, a quantia segue 0,8% inferior à de um ano antes, quando foi de 18,6 milhões de toneladas. O motivo são os aumentos no consumo doméstico e nas exportações, conforme o USDA.

Não houve mudança em relação à previsão de exportações a partir do Brasil, que é o maior vendedor global. O levantamento aponta as mesmas 58,4 milhões de toneladas embarcadas do documento anterior, ante 54,4 milhões de toneladas do ano passado. O aumento da área destinada à soja no Brasil refletiu o aumento da produção do grão em farelo e do óleo para a próxima temporada.

RECORDE
No caso da safra nos Estados Unidos, a expectativa é de alta recorde de 9% ante a colheita anterior. Assim, os estoques no país norte-americano devem ser 100% maiores do que no ano anterior. Não houve diferença também na expectativa de preços em CBOT, que ficaram entre US$ 8,30 e US$ 9,80.

MILHO
O relatório do USDA apresenta também aumento na produção brasileira de milho e de importações mundiais. A safra de milho do Brasil 16/17 foi projetada em 83,5 milhões de toneladas, ante 82,5 milhões no levantamento de setembro. As cotações em CBOT devem ficar entre US$ 2,95 e US$ 3,55.

Não houve mudança nos dados sobre os estoques finais de milho entre os últimos dois meses, que ficarão em 5,9 milhões de toneladas. No entanto, a quantidade é 11% superior à de 2015/2016, que foi de 5,3 milhões de toneladas.