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| Foto: Ricardo Maia/Divulgação
Cooperativa Integrada exporta suco concentrado e congelado de laranja para mais de 80 países



A Integrada Cooperativa Agroindustrial, com sede em Londrina, exporta suco concentrado e congelado de laranja para mais de 80 países, como Japão, Estados Unidos, Itália e Coreia do Sul. Uma das exceções entre produtos processados, o derivado da fruta tem facilidade de acesso a mercados estrangeiros devido à maior facilidade de transporte, já que o extrato é menos volumoso e menos perecível. No entanto, o grupo não encontra o mesmo tráfego livre para outros produtos.
O gerente de comercialização da Integrada, Osmir Buso, afirma que incomum seria exportar a laranja. "É um produto natural, sem adição de conservantes, então é só enviar na refrigeração", explica.
A indústria, que fica em Uraí, é pequena e usa 4 mil toneladas de laranja ao ano, com origem em produtores de 26 cidades do Norte e Norte Pioneiro do Paraná. Inaugurada em 2013, a fábrica tem 90% da produção direcionada para o exterior e atende a proposta de diversificar a geração de renda para os cooperados. Eles recebem todo o suporte para implantação e condução dos pomares, a assistência técnica em manejo e aquisição de produtos, além de terem a possibilidade de manter lavouras tradicionais intercaladas aos pomares.
Buso conta que a exportação de sucos é acessível, desde que se mantenha um padrão de qualidade e com todas as certificações necessárias. "As barreiras tarifárias atrapalham na venda a alguns países, mas, se não vender a esse, temos de procurar outros", conta. "Temos interesse em abrir mais o mercado externo, mas ainda estamos com muitos produtos em desenvolvimento."

DIFICULDADE
A empresa Café Jandaia também levou o produto torrado e moído ao mercado externo entre 2007 e 2010, mas foi prejudicada pela proibição de importação de variedades diferentes do produto para formação de um blend voltado ao paladar europeu. O diretor comercial da indústria, Sidney Fávaro, conta que não conseguiu conquistar consumidores em Portugal e na Suécia. "Não é apenas uma questão de paladar que não atendemos. Na Europa, não se produz, mas usam café de todo o mundo na mistura e nós não podemos importar no Brasil."
Fávaro afirma que a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) tentou promover a exportação do produto final pelos brasileiros, mas mesmo assim o projeto não decolou. "As empresas daqui não têm condição de investir na fabricação na Europa", completa.