Feijão resistente ao mosaico dourado
A cultivar de feijão carioca IPR Celeiro, que se destaca pela resistência ao mosaico dourado, é a novidade que o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) vai apresentar no Show Rural, em Cascavel. A doença é considerada um dos principais males que afetam a cultura no Brasil. A nova semente é também resultado de mais de 40 anos de pesquisa. "É uma alternativa lucrativa e de retorno rápido para o período pós-culturas de verão, entre fevereiro e abril", diz Anésio Bianchini, pesquisador que trabalhou no desenvolvimento da cultivar. Ele acrescenta que a resistência do IPR Celeiro ao mosaico dourado é do tipo horizontal ou parcial – as plantas infectadas podem apresentar sintomas fracos da doença, mas os danos e o prejuízo na produtividade são reduzidos. O Show Rural, organizado desde 1989 pela Coopavel, realiza-se de 6 a 10 de fevereiro.

O que é o mosaico dourado
Causado pelo vírus BGMV (Bean Golden Mosaic Virus), transmitido pela mosca branca (Bemisia tabaci), o mosaico dourado limita a produtividade do feijoeiro nas safras da seca e de outono-inverno em regiões quentes, onde a temperatura supera os 30ºC durante o ciclo da cultura. Um mosaico formado por pontuações amarelas nas folhas, deformações e redução do porte das plantas são os sintomas da doença, que podem variar de acordo com a cultivar, população de mosca branca portadora do vírus na área, idade do feijoeiro no momento da infecção e isolados do vírus ou infecção mista do BGMV com outras espécies de vírus, descreve Anésio Bianchini. Em sua forma severa, a doença causa nanismo acentuado ou superbrotamento – excesso de brotações anormais e abortamento total das flores.

Tecnologias para Destinação de Animais Mortos

Imagem ilustrativa da imagem Direto do Campo
| Foto: Lucas Scherer/Embrapa/Divulgação


O projeto TEC-DAM (Tecnologias para Destinação de Animais Mortos) é o destaque da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia (SC), na edição 2017 do Show Rural Coopavel. O propósito do projeto é avaliar, desenvolver e aprimorar soluções tecnológicas e subsidiar a formulação de normativas pelo Ministério da Agricultura para a correta destinação de animais mortos ao longo da cadeia produtiva de aves, suínos e bovinos de leite. Atualmente, não existe no Brasil uma legislação específica que trate da destinação de animais mortos ao longo das cadeias produtivas. Durante o evento, serão apresentadas também as maquetes de compostagem e incinerador e vídeos de biosseguridade em granjas e funcionamento de biodigestores. A Embrapa tem uma página especial sobre o projeto no endereço www.embrapa.br/suinos-e-aves/tec-dam.

Faep é contrária à liberação da importação de café
Em apoio à cafeicultura nacional, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) se manifesta contrária às propostas de liberação das importações que vem sendo discutidas. Para a entidade, é necessário considerar os riscos fitossanitários e o impacto no preço recebido pelo produtor, no momento em que a colheita do café robusta se aproxima. Em experiências anteriores, a redução da Tarifa Externa Comum (TEC) em período próximo a colheita se revelou prejudicial, como em 2013 com a cultura de trigo, que acabou reduzindo o preço pago aos produtores. como as vendas dos estoques públicos já foram realizadas em leilão realizado na quinta (26), a Faep solicita que sejam verificadas outras medidas de apoio à indústria até março, como o suporte em linhas de crédito.