Conab anuncia queda no preço de hortaliças
A queda na maioria dos preços das hortaliças é destaque no 9º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado na terça-feira (20) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Batata e cebola lideram a baixa de preço em todos os mercados estudados. Os maiores percentuais de redução para as duas hortaliças aconteceram na Ceasa Brasília: 23% para batata e 27,81% para cebola. Alface e cenoura também registraram recuo de valores na maioria das centrais de abastecimento analisadas. As quedas nos preços aconteceram devido às condições climáticas favoráveis que aumentaram a oferta dos produtos.

Tomate foi exceção
A exceção deste mês foi o tomate, que registrou aumento em sete das nove Ceasas estudadas. Os maiores reajustes aconteceram nos entrepostos de Campinas (SP) e de Belo Horizonte (MG) com índices de 37,26% e 33,55%, respectivamente. Já nas centrais de abastecimento de Fortaleza e Recife houve queda de 10,10% e 4,11%, respectivamente. A alta nos preços do tomate pode se repetir em setembro, em função das adversidades climáticas.

Frutas registram alta
Entre as frutas, a pequisa da Conab apresenta reação. Após três meses de queda contínua de preços, o mamão registra alta generalizada e substancial. Nas centrais de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília, a fruta teve aumento de três dígitos, com índices subindo entre 118,24%, em Brasília, e 159,43%, em BH. O menor reajuste aconteceu nas capitais nordestinas, Recife (39,34%) e Fortaleza (41,81%). A tendência deve se manter até o fim do ano, resultado da redução da oferta em razão da seca no norte de Minas Gerais e no oeste do Espírito Santo.

Queda na oferta eleva também preço da banana
Banana também apresentou alta nos valores, principalmente em Curitiba (39,37%) e Campinas (38,49%). O aumento também se deu pela queda na oferta, mas devido às geadas e queda da temperatura em algumas regiões produtoras. Já a melancia apresentou queda de preços em seis dos nove mercados estudados, em função da safra de Goiás e Tocantins, com aumentos apenas no Nordeste - entre 10% em Recife e 15,7% em Fortaleza.

VBP do café atingirá R$ 23 bi
O Valor Bruto da Produção (VBP) do mês de agosto estima que o faturamento bruto dos produtores de café será de R$ 22,791 bilhões neste ano. Desse total, o café arábica será de R$ 19,584 bilhões e o café conilon de R$ 3,207 bilhões. O café é o sétimo produto no ranking do VBP: soja, em primeiro, com R$ 118,696 bilhões, bovinos, na sequência decrescente com R$ 74,350 bilhões, frango - R$ 52,703 bilhões, cana-de-açúcar - R$ 52,690 bilhões, milho - R$ 41,792 bilhões e leite - 26,346 bilhões. Com relação às exportações, 17% dos Cafés do Brasil embarcados tiveram como destino o continente asiático no período de janeiro a agosto deste ano.

Safra deve superar 49 milhões de sacas
Em relação à safra do café, divulgada no Informe Estatístico do Café, o total estimado para 2016 será de 49,669 milhões de sacas de 60 kg, sendo 40,269 de café arábica e de 9,4 milhões de sacas de café conilon. Comparado com a safra de 2015, tendo como base os dados do Segundo Levantamento da Safra de Café - 2016, que foi de 43,235 milhões de sacas, constata-se um acréscimo de 14,9%. O VBP e Informe Estatístico estão disponíveis na íntegra no Observatório do Café (Safra, Estoques e Valor Bruto da Produção e Estatísticas, Exportações e Cotações).