No Paraná o clima ameno eleva potencial de produção do brócolis; nas regiões de altitude é possível o cultivo também durante o verão
No Paraná o clima ameno eleva potencial de produção do brócolis; nas regiões de altitude é possível o cultivo também durante o verão | Foto: Anderson Coelho



Empresas do segmento que atuam na cadeia produtiva do brócolis sabem muito bem o potencial da hortaliça no País. Números da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) apontam que o consumo médio per capita de brócolis no Brasil ainda é de apenas 1 quilo por pessoa ao ano, com estimativas de crescimento. Na liderança do consumo mundial estão os italianos, que consomem 7,24 quilos por pessoa ao ano; seguido dos ingleses, com 5,4 quilos e dos americanos, com 3,8 quilos.
A multinacional japonesa Sakata Seed Corporation atua também no Brasil, com sede em Bragança Paulista, produzindo e comercializando sementes de 250 cultivares de hortaliças e 500 de flores, em cinco continentes do mundo. A empresa detém atualmente a liderança mundial em sementes de brócolis. O destaque do portfólio da empresa na América do Sul é a variedade Avenger – brócolis tipo cabeça-única – muito utilizado pelos produtores brasileiros, inclusive na região de Tamarana.
A aposta da Sakata é tão alta na olerícola que ela realizou no mês passado, em Atibaia (SP), a 5ª Conferência Mundial do Consumo de Brócolis, reunindo mais de 240 participantes. As demais edições aconteceram na Europa, em países como Polônia e Espanha. "Existe uma clara tendência de aumento de consumo dessa hortaliça, devido ao apelo nutricional e sabor agradável. É de fácil preparo, com versatilidade de consumo. Dentre as brássicas é uma cultura rentável e de baixo risco", comenta a gestora de produtos da Sakata, Talita School.
Como não poderia ser diferente, a empresa olha para o Paraná com carinho, buscando solidificar ainda mais a venda das suas sementes entre os agricultores. "Existe grande potencial de produção no Paraná, devido ao clima ameno, sendo que também nas regiões de altitude é possível o cultivo do brócolis durante o verão. Outra facilidade da região é o escoamento da produção para grandes centros consumidores. Grandes produtores migram para regiões de altitude (acima de 800m) no verão para obterem melhor qualidade do produto final e maior produtividade", complementa Talita.
Por fim, vale dizer que a América do Sul é responsável por cerca de 10% de toda a produção de brócolis no mundo. Neste ranking, o Brasil está na posição de liderança, sendo o maior produtor sul-americano, com 48% do total de cultivo. Em segundo lugar está o Equador, com 23%; seguido do Peru, com 9%; além da Argentina e do Chile, com 7% e, por fim, os demais países que somam 6% de toda a produção. (V.L.)