O investimento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico é o fator principal que possibilitou o incremento da produtividade da soja nos últimos anos, segundo um estudo realizado pela Embrapa Soja. Em apenas 40 anos, a produção da oleaginosa cresceu 50 vezes e a área plantada, apenas 18 vezes. Segundo informações de um relatório produzido pela entidade de pesquisa, o Brasil conseguiu produzir mais, sem ampliar proporcionalmente a sua área plantada.
Para dentro da porteira, o País se tornou um exemplo de eficiência em produção agrícola. Ainda de acordo com dados do relatório da Embrapa, para adaptar a soja para às condições de clima e solo tropicais, permitir a produção em larga escala e conferir estabilidade de produção às lavouras, foi necessário alto investimento em ciência e tecnologia.
O estudo completa que os sucessivos recordes de produtividade são resultado do uso intensivo de tecnologias sustentáveis, como cultivares produtivas, plantio direto, fixação biológica do nitrogênio, manejo da fertilidade do solo, manejo integrado de pragas, plantas daninhas e doenças, integração lavoura-pecuária-floresta, entre outras ações que quase quadruplicaram a produtividade agrícola do Brasil.

Histórico
A introdução da soja em território brasileiro iniciou-se há 131 anos, onde permaneceu quase esquecida por mais de 70 anos – entre 1882 e 1960. Sua entrada ocorreu pelo Nordeste do Brasil e fracassou porque as variedades de soja então cultivadas globalmente eram adaptadas a climas frios, até no máximo subtropicais, predominantes em latitudes próximas ou superiores a 30º. Vinte anos depois foi avaliada para as condições de clima subtropical do extremo sul do Brasil, com latitudes próximas dos 30º. (R.M.)

Imagem ilustrativa da imagem Cultivo de soja cresceu 50 vezes em 40 anos