Crédito farto para produtores rurais
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quarta-feira, 29 de março de 2017
Amanda de Santa<br>Especial para a FOLHA
Animadas com o cenário econômico, que começa a dar sinais de melhora, e com as potencialidades do agronegócio brasileiro, as instituições financeiras que estão presentes no Parque Ney Braga durante a ExpoLondrina 2017 prometem oferecer crédito farto aos produtores rurais dispostos a investir em maquinários e equipamentos agrícolas, compra de animais e até de utilitários.
O diretor executivo do Sicredi União PR/SP, Rogério Machado, destaca que um dos objetivos da cooperativa é fomentar o agronegócio nacional, por isso, a ExpoLondrina está no calendário de eventos anuais da instituição há sete anos. "Somos o elo financeiro entre os expositores e os produtores rurais que frequentam o parque durante a feira", lembra.
Segundo Machado, os associados que visitarem o estande da cooperativa terão acesso a todas as linhas de crédito disponíveis para o agronegócio via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de recursos próprios do Sicredi para aquisição de gado em leilões. A expectativa é movimentar aproximadamente R$ 100 milhões em crédito rural.
"Também vamos oferecer condições especiais de crédito consignado para servidores municipais de Londrina e Região Metropolitana", acrescenta. A cooperativa vai apresentar sua nova logomarca durante a feira e, segundo Machado, dará de presente um convite para um dos shows ou dia de rodeio da ExpoLondrina conforme a disponibilidade de ingressos - para aqueles que se tornarem associados.
O Sicredi será o patrocinador máster do Pavilhão Smart Agro, voltado para tecnologia e inovação, e terá um representante como mentor na segunda edição do Hackathon Smart Agro - maratona que reúne programadores, designers, empreendedores, com o objetivo de desenvolver, em tempo recorde, um software que apresente soluções criativas e tecnológicas para o agronegócio.
A cooperativa também apoiará eventos técnicos que o Emater realizará durante a feira. Ambos atuam como parceiros no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com o objetivo de melhorar a renda dos pequenos produtores rurais.
"COFRES ABERTOS"
O superintendente regional do Banco do Brasil em Londrina, Felício Leovan Stefani, reforça o otimismo e as boas expectativas de negócios para a edição 2017 da ExpoLondrina. "Vamos oferecer recursos próprios do banco para dar velocidade à liberação de crédito rural para pequenos, médios e grandes produtores", conta. O trabalho começou antes mesmo do início da feira, com o contato prévio entre representantes do Banco do Brasil e produtores rurais e vendedores de máquinas e equipamentos para o campo.
"Nossos cofres estão abertos. Não terá demanda que não será atendida se estiver dentro das regras", garante Stefani. Segundo ele, há crédito disponível inclusive para o financiamento de utilitários, como camionetes de cabine dupla, e também de aviões para pulverização agrícola e drones. A intenção é triplicar o valor emprestado em relação à feira do ano passado, quando o banco negociou R$ 400 milhões para os produtores rurais.
Stefani lembra que, com a redução na taxa Selic, compensa mais para o produtor usar os recursos dos bancos do que o capital próprio para investir na produção agrícola. "Vale mais a pena emprestar e deixar o dinheiro rendendo", garante. Para ele, 2017 oferece boas perspectivas de negócio, já que muitos produtores, que mantiveram projetos "trancados" no auge da crise, estão mais propensos a tirá-los do papel.
SEGUNDO ANO NA EXPO
Pelo segundo ano consecutivo, o Sicoob participa da ExpoLondrina. O diretor executivo da cooperativa no Norte do Paraná, Emerson Ferrari, lembra que a instituição tem 13 anos, mas passou a investir no meio rural há apenas três. "Hoje, já temos uma gama de produtos como qualquer grande banco, além de seguro de safra", afirma. O Sicoob possui linhas de crédito rural própria, do BNDES e do Pronaf. A instituição tem R$ 80 milhões para emprestar até o final de 2017.
O estande da cooperativa é outra atração à parte, foi erguido com materiais recicláveis, como pneus, vidros, caixotes, telhas de demolição. "Tudo será reaproveitado e destinado a entidades ao final da feira", revela.