No momento, não há nenhuma perspectiva de comercialização do ''coletor de esporos'' ou da ''árvore eletrônica'' em estabelecimentos de produtos agrícolas. Algumas unidades do coletor de esporos já foram vendidas diretamente pelo pesquisador Seiji Igarashi e são utilizadas em propriedades rurais. Ele faz o acompanhamento com as informações do material coletado que recebe três vezes por semana.
Segundo ele, não adianta fabricar o coletor em larga escala e simplesmente fazer a comercialização do equipamento porque há necessidade que o trabalho seja acompanhado por um engenheiro agrônomo que tenha conhecimentos de fitopatologia para saber os tipos de vírus que são coletados.
Mesmo assim, Igarashi sabe da existência de equipamentos importados similares no mercado, que custam entre US$ 10 mil a US$ 20 mil. O ''Siga'', que define como um equipamento ''caseiro'', custa em torno de R$ 2 mil.
Os criadores da ''árvore eletrônica'' estão mais envolvidos na conclusão do projeto e ainda não pensaram em como comercializar o invento. A professora Maria Bernadete de Morais França diz que o protótipo está em sua segunda versão e que a fase de testes deve demorar cerca de dois meses. ''Primeiro, temos que saber todos os detalhes sobre a aplicabilidade do projeto'', afirma.
Maria Bernadete diz que só depois disso eles vão patentear o invento. A comercialização ainda é uma etapa para o ''futuro''. Eles estudam a possibilidade de fazer parcerias com outros pesquisadores, com cooperativas e até abrir uma empresa para cuidar da questão comercial. ''A nossa intenção é demonstrar a árvore aos produtores para que eles tenham noção da importância do equipamento'', diz a pesquisadora. (E.A.)