Há 25 anos plantando cebola na região de Irati (135 km ao norte de União da Vitória), o produtor José Vitório Zarpelon cultiva uma área de 7 alqueires só com a olerícola, utilizando a mão-de-obra familiar. O plantio terminou no final de abril e a variedade utilizada é a crioula lotário, que se adaptou bem à região.
No ano passado, a produção alcançada com a lavoura foi de 70 a 80 toneladas por alqueire. Este ano, havia um certo temor de prejuízos na produção devido ao risco da estiagem. Mas a chuva veio farta e irrigou as lavouras, que já estão em fase final de germinação. ''Mesmo os produtores que irrigaram as lavouras com antecedência, temendo a falta de chuva, estão com a cebola na mesma fase de produção'', informa Zarpelon.
As previsões são de mais chuva, que serão fundamentais para o atual estágio da cultura, ''que a planta precisa de muita água'', destaca. ''Nossa expectativa é que a colheita seja sempre melhor que a última, mas se atingirmos as 80 toneladas por alqueire, já está muito bom'', planeja o produtor. A colheita acontece nos meses de novembro e dezembro.
Zarpelon acredita em melhores preços para a produção nacional este ano devido à redução da área plantada na Argentina. No ano passado o quilo foi comercializado a R$ 0,15 no início da safra, atingindo os R$ 0,50 no final. ''Tivemos um preço médio de R$ 0,30, considerado bom, para este ano esperamos ultrapassar a casa dos R$ 0,50''. (M.O)