Formado pelo Senai, o técnico cervejeiro Lucas Varéa Pereira trabalha para uma marca londrinense de cerveja artesanal e pretende fazer especialização fora do País
Formado pelo Senai, o técnico cervejeiro Lucas Varéa Pereira trabalha para uma marca londrinense de cerveja artesanal e pretende fazer especialização fora do País | Foto: Anderson Coelho



Foi ainda na faculdade que o técnico cervejeiro Lucas Varéa Pereira decidiu sua futura profissão. Ele conta que cursava a graduação em Química quando ficou sabendo do curso de Técnico Cervejeiro oferecido pelo Senai de Vassouras, no Rio de Janeiro.

"Comentei com um colega, que também demonstrou interesse, mas o valor era um pouco alto para nós naquele momento. Além disso, o curso era em tempo integral e não teríamos como trabalhar. Terminei a faculdade, trabalhei em alguns locais e em 2011, depois de ter me programado financeiramente, fui para o Rio de Janeiro. O curso é bastante prático e o fato de ter feito Química me ajudou bastante", explica.

Depois de formado, em um mês Pereira foi contratado para trabalhar em uma grande cervejaria, em Belém do Pará. "Lá eu era coordenador de processo, ou seja, acompanhava toda a transformação da matéria-prima em cerveja. Depois de dois anos eu já tinha aprendido muita coisa. Foi quando conheci os donos de uma cervejaria aqui de Londrina e vim embora", conta.



Pereira afirma que uma das diferenças entre trabalhar em uma grande empresa e em uma cervejaria menor é a possibilidade de criar novas receitas. "Lá temos que fazer o processo andar, não mudamos a receita. Já quando vamos para uma cervejaria especial, temos mais liberdade. Fazemos as receitas, testamos e depois produzimos em uma cervejaria cigana, que fica no interior de São Paulo. A produção em si é feita por outra empresa, mas acompanhamos todo o processo até o envase", explica ele, que atua junto à marca Amadeus, de Londrina.

Como parte de sua formação profissional, ele diz que pretende viajar para outros países, para conhecer diferentes escolas cervejeiras e outros cenários. "Há a escola alemã, que é a principal, com as receitas de trigo, mais tradicionais. Temos também as escolas belga, inglesa e a americana."

Para quem imagina que o cervejeiro passa o tempo todo bebendo, Pereira diz que a degustação faz parte do processo, mas trabalhar com cerveja vai muito além. "O privilégio é ir para o bar fazer pesquisa de campo", finaliza rindo. (E.G)

Imagem ilustrativa da imagem Técnico cervejeiro valoriza a liberdade de criar novas receitas