Resistir, relutar, sentir medo, dor ou angústia. O antídoto para tudo isso que compromete a felicidade está na capacidade de "viver o amor que cada um é", segundo o que recomendou o filósofo holandês Robert Happé. "Suas dores são apenas indicadores do que precisa ser reorganizado na sua vida. Para o filósofo, vários valores que levaram a população mundial aos conflitos atuais se devem ao que ele chama de "ensinamentos falsos".

"Estamos em uma transição. A desonestidade que testemunhamos em todos os cantos reflete a energia de opressão que estava escondida. Acredito que chegamos no momento crucial de fazer a travessia do medo e da competição para o amor e a colaboração/cocriação", apontou Happé. "A única competição que faz sentido é buscar o melhor de si mesmo".

Todos os estudiosos de assuntos relacionados à felicidade trazem como condição indispensável à plenitude essa reconexão com a luz que cada um carrega, que de forma pragmática é viver dentro daquilo que não acarreta sofrimento. "Para mim, que venho de uma cultura familiar, é o trabalho acima de tudo, ressignificar o que era isso foi a chave da minha clareza interior. Deixou de ser um ritual sagrado familiar, para ser algo que faço, falo e, ao contrário de antes, faz sentido", comparou.

"Precisei me perder da racionalidade para acessar a intuição", afirmou. "Seguir o fluxo e confiar nele é uma sinergia poderosa. A fonte para todas as respostas é ativada a partir das perguntas dirigidas a si mesmo", elucidou. (M.M.)