A aposentada Dulcinéia Moreno, de 54 anos: "Independentemente de religião, a espiritualidade ajuda a encontrar segurança e seguir a vida com os problemas"
A aposentada Dulcinéia Moreno, de 54 anos: "Independentemente de religião, a espiritualidade ajuda a encontrar segurança e seguir a vida com os problemas" | Foto: Gustavo Carneiro



Aonde buscar momentos de felicidade - que muitos só encontram em um comprimido para dormir e outro para acordar - e aquentar os trancos da vida? Dulcinéia Sanchez Moreno, de 54 anos, não está imune às emoções de ver a carruagem dos sonhos de uma vida de comercial, muitas vezes, se transformar em abóbora. Porém, a aposentada sabe renovar as forças, vivendo um dia atrás do outro com os seus desafios, sem precisar se medicar para parecer feliz.


"É preciso a gente saber cuidar do nosso corpo, tendo uma vida saudável, e da nossa alma, estando em paz com Deus e os outros. Independentemente de religião, ter uma espiritualidade para encontrar segurança e seguir a vida com os problemas", afirma.

Dulcinéia acredita que as pessoas mais felizes são as que passam por provações e obstáculos. Há um ano a mãe da aposentada, dona Nadyr, 86 anos, sofreu um acidente vascular cerebral e há nove meses está internada em um hospital. Uma rotina de acompanhamento hospitalar difícil para a família.

"Não vou dizer que é fácil todos os dias estar em casa, pensando que a minha mãe está no hospital. A gente vê que é uma situação que não tem melhora. Temos que ter muita fé por nós mesmos e por todos da família. É isso que nos sustenta. Quando vou visitar a minha mãe e subo as escadas do semi-intensivo, eu sei que ela está lá, mas não sei como será a visita. Ali, rezo e peço a misericórdia de Deus. Aí não se fica questionando os porquês", revela a aposentada a sua receita para lidar com as emoções. (F.L.)

Imagem ilustrativa da imagem Resistindo aos trancos da vida