Inteligência emocional e sucesso no trabalho
Atualmente os ambientes corporativos estão diversificando e valorizando o perfil das pessoas que compõem o seu quadro de funcionários, principalmente porque o sucesso e avanço das companhias estão ligados ao desempenho de seus colaboradores. Gerenciar pessoas é o principal desafio, desta forma o comportamento humano se torna a matéria-prima a ser analisada nos ambientes organizacionais.

É comum hoje em dia nos depararmos com pessoas que ainda acreditam que o fator responsável pelo desempenho profissional seria o conhecimento técnico que o funcionário possui, quando na verdade, esse quesito é apenas uma das variadas habilidades necessárias para se alcançar um alto desempenho profissional.

A inteligência tradicionalmente conhecida como Q.I se faz muito necessária e até indispensável, porém, se não for somada de forma equilibrada com a chamada Inteligência Emocional, pode acabar não trazendo resultados favoráveis tanto para as necessidades individuais quanto organizacionais.

A designação mais antiga sobre inteligência emocional foi tratada por Charles Darwin, que em sua obra discorreu sobre a importância da expressão emocional para a sobrevivência e adaptação. Embora muitas definições tradicionais de inteligência frisem aspectos cognitivos, como memória e resolução de problemas, vários pesquisadores do campo da inteligência reconhecem a importância de aspectos não-cognitivos.

Daniel Goleman popularizou a expressão Inteligência Emocional (I.E), a considerando como a capacidade de identificação, análise e desenvolvimento de emoções de acordo com a situação a ser enfrentada, de forma a administrar bem estas emoções para que as mesmas venham favorecer as interações sociais. A I.E contém cinco competências básicas que são classificadas como: autopercepção, autorregulamentação, motivação, empatia e habilidades sociais (Goleman, 2001).

Diversos estudos mostram o quanto as emoções afetam o desempenho no trabalho, principalmente se o ambiente organizacional se mostra hostil, com certeza ocorrerá um prejuízo no desempenho dos profissionais. Por isso, as empresas procuram pessoas com I.E alta para que possam motivar, coordenar e otimizar os serviços.

Para os indivíduos que reconhecem a necessidade de desenvolver sua I.E, cabe buscar terapia para que um profissional da Psicologia possa ajudá-lo a desenvolver tais habilidades. Pessoas com melhor gerenciamento de suas emoções são possivelmente mais bem sucedidas no mercado de trabalho e acabam também por terem maior qualidade de vida.

A maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas. Desta forma pessoas com habilidades como assertividade, empatia, pró-atividade e gentileza têm mais chances de obter o sucesso.

Natalia Mendes Ferrer, mestre em análise do comportamento e psicóloga clínica do Núcleo Evoluir