Após se aposentar, a artesã Suely Beggiato resolveu profissionalizar o artesanato e hoje vende suas criações para vários estados pela internet
Após se aposentar, a artesã Suely Beggiato resolveu profissionalizar o artesanato e hoje vende suas criações para vários estados pela internet | Foto: Saulo Ohara



Aposentada, com formação em artes plásticas e pedagogia, a artesã Suely Beggiato está constantemente buscando formas de incrementar a renda e também se manter ativa. Justificando que "não consegue ficar parada", ela já investiu em diversas formas de artesanato, como trabalhos com papel, crochê e feltro. Trabalhando com a filha, ela conta ter clientes em diversas partes do Brasil.

"Até o ano passado nós fazíamos kits para colocar nos banheiros em casamento. Personalizávamos as caixas de acordo com a festa, com o monograma e brasão dos noivos. Também fazíamos o cardápio e outras peças de papelaria totalmente artesanais. Trabalhamos com isso por seis anos, porém, isso é o supérfluo do supérfluo e com a crise as encomendas caíram muito. Então decidi pegar algo que eu já fazia e vender", conta, se referindo ao crochê.



Suely começou a produzir os amigurumis, bichinhos feitos em crochê com recheio de algodão, voltados principalmente para crianças, mas que também podem tomar a forma de enfeites para a casa. Além deles, ela também produz peças em feltro, como chaveiros, estojos, marcadores de página, enfeites para porta de maternidade, entre outros. As encomendas em papel ainda continuam, mas não são mais o carro chefe da artesã.

Com veia empreendedora, como ela mesma se define, Suely encontrou na internet uma ferramenta muito importante. Em plataformas on-line ela busca cursos de capacitação e usa as redes sociais para fazer propaganda e vender os produtos.

"Resolvi profissionalizar o artesanato. Eu já tinha feito um curso de empreendedorismo no Sebrae e também já tive loja, então sei como trabalhar, como fazer as contas dos custos, o valor do trabalho. Isso é bem difícil, porque as pessoas não valorizam muito o crochê. Tenho uma tabela de preço e preciso ser firme quanto a isso. Também invisto 10% de toda venda na própria empresa, para compra de material, maquinário, ferramentas. Hoje vendemos para vários estados, só não vendemos muito para o Norte e Nordeste porque o custo para envio é muito alto", justifica.

Trabalhando basicamente sob encomenda, Suely conta que com a nova atividade se sente mais tranquila. "Não sinto o peso da atividade, porque é algo que posso levar para qualquer lugar, com o papel não era assim. E como não consigo ficar parada, se estou vendo televisão estou fazendo crochê ao mesmo tempo. Se vou visitar uma amiga posso levar a linha e agulha. É o que eu chamo de ócio produtivo." (E.G)

Imagem ilustrativa da imagem Ócio produtivo