Adriano Lazari, dono de engenho em Londrina: envelhecimento ajuda a filtrar, tirar a acidez e aromatizar a bebida, tornando-a mais saborosa
Adriano Lazari, dono de engenho em Londrina: envelhecimento ajuda a filtrar, tirar a acidez e aromatizar a bebida, tornando-a mais saborosa | Foto: Saulo Ohara


Da moagem da cana à bebida engarrafada, a cachaça percorre um longo caminho. E para os apreciadores mais exigentes, esse caminho obrigatoriamente passa por um longo tempo de envelhecimento. Barris de carvalho, amburana, amendoinzeiro – entre outros tipos de madeira -, são usados nessa fase e conferem sabores e aromas refinados à bebida.

Adriano Lazari, do Engenho Lazari – ou Alambique da Saúde, como é mais conhecido -, conta que a cachaça pode ser consumida logo após o término do processo de fabricação, mas diz que o envelhecimento ajuda a filtrar, tirar a acidez e ainda aromatizar a bebida, tornando-a mais saborosa. Lazari, juntamente com o tio, o pai e os primos, toca a empresa familiar fundada nos anos 1970 pelo avô, na zona norte de Londrina.



"Depois da moagem da cana o caldo vai para a dorna, onde acontece a fermentação. Lá ocorre a conversão do açúcar em álcool. Esse líquido posteriormente é fervido e depois de extrairmos o teor alcoólico, o líquido vai para os barris de envelhecimento. Geralmente a cachaça fica envelhecendo de 1 ano e meio a 2 anos, mas é possível deixar muito mais tempo", descreve.

Lazari conta que depois de engarrafada a bebida para de envelhecer, portanto, não é necessário aguardar mais tempo em casa para consumir a cachaça. (E.G)