"É um conjunto de coisas, que ao longo do tempo a gente pode aprender por observação e pela leitura", diz Elizabete Côrtes
"É um conjunto de coisas, que ao longo do tempo a gente pode aprender por observação e pela leitura", diz Elizabete Côrtes | Foto: Saulo Ohara
Imagem ilustrativa da imagem O que é ser elegante?



Se fosse para criar uma lista dos mais elegantes de Londrina, a consultora de etiqueta Elizabete Côrtes certamente figuraria no tal ranking. Mas o que é mesmo ser elegante? "Elegância é atitude", avisa a expert. "Não tem a ver com roupa. A roupa é um complemento de um todo que a pessoa tem que ter", completa. "Nascemos elegantes? Não. Mas a gente pode aprender. Tudo na vida a gente aprende, inclusive a ser elegante. Não é ficar elegante. É se tornar elegante", ensina.

Formada em psicologia, Elizabete diz que, para ela, a elegância tem tudo a ver com comportamento. "A atitude com relação às outras pessoas torna alguém interessante. É muito elegante quando alguém é muito educado. E a educação que estou falando não é aquela coisa dos homens abrirem a porta para as mulheres – isso também é legal, é uma atitude que não sai de moda. Mas ter a preocupação com o outro, em ouvir e em falar devagar", explica.

Para a consultora, quem tem uma preocupação em ser tornar elegante, vai conseguir. "Todos têm potencial", garante. Nos cursos de etiqueta, a consultora costuma ouvir questões do tipo 'por que tenho que saber?' ou então 'mas por que alguém tem que ser elegante?'". A resposta é uma só. "Porque nesse mundo que todo mundo faz tanta coisa, que é competitivo e que tem milhões de pessoas, você precisa ter alguma coisa de diferente", relata.

"O que a gente puder acrescentar para nós, como a cultura, por exemplo, é um investimento", diz a expert. Enquanto atitude refletindo elegância, Elizabete lembra que as pessoas precisam pensar em seus gestos, da postura à forma de andar, de como abre e fecha a porta do carro e como se senta. A palavra-chave, no caso, é a suavidade. "Elegância é um conjunto de coisas, que ao longo do tempo a gente pode aprender por observação e pela leitura."

Cuidar da própria cultura torna a pessoa elegante, segundo Elizabete. "Adquirir cultura com leitura é importante. Também saber um pouco do que está acontecendo no mundo atual. Quando a pessoa tem desenvoltura para falar e ela sabe dos assuntos atuais, isso a torna uma pessoa elegante", conta a consultora. Ela indica ainda a importância de conhecer pintores famosos, diretores de filmes que marcaram época.

Entre as elegantes brasileiras e estrangeiras, Elizabete lista a princesa inglesa Kate Middleton, a ex-modelo e estilista francesa Ines de la Fressange, a consultora de moda e empresária Costanza Pascolato, a jornalista e apresentadora Poliana Abrita e a estilista Carolina Herrera.

Gentileza e cortesia
"Existe uma diferença entre ser gentil e ser cortês. A pessoa gentil é aquela que fala bom dia, que pede licença, que diz obrigada. A pessoa cortês é aquela que fala bom dia, como você está? Ela acrescenta um pouquinho mais. É o que diferencia as pessoas. Conheço pessoas que têm essa preocupação em cortesia, de se preocupar com o bem-estar. Por exemplo, a sua mãe te ensinou que você tem que ceder o lugar para a pessoa mais velha. Mas isso tem que vir de você, tem que ser sincero", afirma.

E a elegância em tempos modernos? "Dá para participar do mundo moderno, com o celular e tudo mais, e continuar a ser ligada nos outros assuntos. Aí que está a grande questão. Quando a gente está com o celular numa festa, tem que optar se prefere ficar conversando com o celular ou com a pessoa que está ao seu lado. A gente tem que saber dosar e cada um tem que descobrir o equilíbrio. E se consegue isso por observação", ensina.