Imagem ilustrativa da imagem O exercício que não é uma barra
| Foto: Gustavo Carneiro
"Quando cheguei para fazer aula, via aquelas mulheres lindas, fiquei morrendo de vergonha porque sou muito tímida, mas hoje já me sinto como as via", diz a estudante Fernanda Fugivala, que pratica pole dance há dois anos e meio



Além de fazer bem para a saúde física, praticar exercícios também é um santo remédio para a mente. Mas e quando a preguiça fala mais alto e nada parece nos tirar do sofá? Conhecer exercícios "disfarçados" pode ser uma boa alternativa para acabar com o sedentarismo.

A estudante de Arquitetura e Urbanismo Fernanda Ayumi Fugivala conheceu o pole dance através de uma amiga, que marcou uma aula experimental. "Eu fui acompanhá-la e nunca mais parei. E o mais curioso é que ela nem chegou a fazer a aula, teve um contratempo e não apareceu, nem naquele dia nem em outro. Gosto de atividades físicas que nos levam ao extremo, e acho que o pole dance é exatamente isso, ele mexe bastante com o nosso corpo", diz.

Fernanda conta que já havia praticado judô durante alguns anos, depois teve que parar por falta de tempo e não voltou mais. Quando decidiu voltar a praticar algum exercício físico, conheceu o pole dance e se apaixonou. Dois anos e meio depois, ela conta que sente o corpo mais tonificado, os músculos mais definidos, ganhou consciência corporal e mais força.

A estudante afirma que substituiu a gordura corporal por massa magra e embora não tenha perdido peso, suas medidas mudaram, pois seu corpo ganhou novos contornos. "Fiz tudo isso sem tomar suplementos, apenas com os exercícios. Eu tenho mais disposição e minha autoestima também melhorou muito. Quando cheguei para fazer aula, via aquelas mulheres lindas, fiquei morrendo de vergonha porque sou muito tímida, mas hoje já me sinto como as via", conta.



Fernanda afirma que o pole dance mexe com várias partes do corpo e se dedica ao esporte três vezes na semana, sendo duas delas na escola e uma em casa. Orgulhosa de suas conquistas, frequentemente posta fotos nas redes sociais. "As fotos chamam a atenção. As pessoas acham interessante. Para mim é um esporte, algo que levo muito a sério. Minha irmã e meu irmão começaram a fazer também. Acho que é um exercício que se adapta a todos os estilos de vida, para todas as pessoas, de todas as idades, todos os tipos de corpos", finaliza.

Modalidade antiga
Apesar da atividade ter ganhado destaque com a atriz Flávia Alessandra em uma novela, Neyva de Oliveira, da A2 Escola de Dança, explica que a modalidade de dança é antiga e são realizadas competições há mais de 20 anos. "Pode dance significa 'dança no mastro', podendo ser usados diversos tipos de música. Existem dois tipos de campeonatos, um de pole art, onde se usam roupas específicas, salto alto, interpretação e outra de figuras e exercícios que devem ser executados."

Com diversas turmas formadas majoritariamente por mulheres, ela conta que as alunas chegam buscando um exercício diferente daqueles oferecidos nas academias. Como resultado perdem peso, ganham autoconfiança e melhoram a autoestima. Também ganham mais flexibilidade e tonificação dos músculos, sem ficar com aquele aspecto muito musculoso.

"Em cada aula o gasto energético é de aproximadamente 500 calorias, o que irá variar de acordo com a dedicação do aluno. São duas aulas por semana, com uma hora de duração, e os resultados aparecem entre um e dois meses. Para conseguir executar um movimento cada um vai levar um tempo diferente, mas antes temos uma base, que é uma parte mais demorada porque é preciso acordar a mente, ganhar consciência corporal. Cada movimento é uma conquista e muito comemorada pelas alunas", explica.

O pole dance é indicado a partir dos 7 anos de idade e para praticá-lo a pessoa não pode estar com bursite nem sofrer da Síndrome do Desfiladeiro, que pode causar fraqueza nos braços, dor e formigamento nos dedos das mãos.

Imagem ilustrativa da imagem O exercício que não é uma barra