Nayane Codina e Daniela Campos oficializaram a união um ano após o início do relacionamento: "Família é tudo que gera amor, afeto, conforto"
Nayane Codina e Daniela Campos oficializaram a união um ano após o início do relacionamento: "Família é tudo que gera amor, afeto, conforto" | Foto: Anderson Coelho



Uma paixão fulminante, com direito a moradia conjunta um mês após início do namoro e casamento um ano depois. Muita cumplicidade, projetos em comum, duas cachorras e um casal de gatos para cuidar. Assim pode ser resumida a história das professoras Daniela Campos e Nayane Codina.

O casamento aconteceu no cartório, com direito a almoço de comemoração depois. Daniela conta que sua família levou um susto quando ela contou que iria se casar. Apesar de já ter tido relacionamentos anteriores, nunca havia levado nenhuma namorada em casa. Já a família de Nayane recebeu a notícia com mais tranquilidade.

As meninas contam que fizeram questão de oficializar o casamento para usufruírem de um direito garantido por lei e que toda a tramitação foi muito tranquila. "O juiz de paz nos disse: foi o amor que uniu vocês. E foi isso mesmo. No vídeo do nosso casamento a minha avó fala sobre isso: a cumplicidade, a parceria e o respeito, porque no fim é isso que importa. É preciso parceria, o casamento é o exercício diário de não deixar a peteca cair. Agora mesmo eu deixei de dar aulas para montar o salão de beleza, algo que no início vai dar mais despesa do que lucro. É preciso economizar, conversar", conta Nayne.

Daniela afirma que embora as pessoas possam ficar curiosas, o dia a dia do casal é igual ao de qualquer outra família. "Na nossa casa não tem nada de diferente do que eu vejo em outras casas. A diferença é que na nossa casa não tem machismo, lá todo mundo faz tudo: lava, cozinha, arruma. Porque mesmo entre garotas há aquelas que reproduzem o machismo."

No dia a dia elas não se privam de demonstrar afeto e companheirismo uma com a outra, mesmo sob os olhares curiosos ou reprovadores. "Andamos de mãos dadas e as pessoas olham muito. Me incomodo com alguns olhares de homens, pelo jeito que eles olham. As pessoas mais velhas já olham com curiosidade. É comum ficarem se questionando quem é o 'homem' do casal, mas não tem nada disso, são duas mulheres, não tem um homem aqui. Agora que eu cortei o cabelo então, reforçou mais o estereótipo", destaca Nayane.



Daniela afirma que não se incomoda tanto e procura ser ela mesma, independente dos olhares. "Só me incomodo quando olham muito, mas de forma geral eu ignoro, às vezes aceno."

Entre os planos do casal está a maternidade, que deve acontecer através da gravidez de Daniela, sendo a adoção uma outra possibilidade. "O que mais me incomoda é as pessoas criarem um decreto dizendo o que é família. Ninguém pode chegar e dizer o que acontece na minha casa. Família é tudo que gera amor, afeto, conforto. A minha casa é o melhor lugar do mundo para voltar no fim do dia", diz Nayane.