Imagem ilustrativa da imagem Fazendo render o 13º



Dívidas, investimentos, impostos e material escolar, presentes, viagem de férias, reforma da casa. São muitos os destinos para o 13º salário e muitas vezes os recursos não são suficientes para todas essas necessidades. Seguindo a recomendação dos especialistas e priorizando eventuais dívidas e investimentos, como utilizar o restante do valor?

José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil, afirma que o planejamento é o melhor caminho. "As pessoas pensam que não queremos que elas gastem, mas não é isso. Nossa recomendação é que se coloque no papel todas as prioridades e as dívidas e as receitas: salário, 13º e bônus. Aí se verá com mais clareza o que vai poder gastar em cada coisa. Vale usar aplicativos ou um simples caderno", ensina.

Caso os recursos não sejam suficientes para tudo, Vignoli diz que a saída é escolher quem será presenteado e quanto se quer gastar. "Se planeje, gaste o que foi determinado. E se não puder presentear, não compre", afirma. Na opinião dele, não adianta comprar lembrancinhas que as pessoas não vão usar. "Outro fator importante de economia é não participar de 15 amigos secretos", recomenda.

O especialista diz que para evitar começar o ano com dívidas, o autocontrole é fundamental. "Se a escolha da família for por reformar a cozinha, que já está sendo adiada há dez anos, ao invés de comprar presentes, faça a reforma e não ligue para o que os outros vão falar. Pesquise, pechinche e aja com cautela."

Ele diz que uma outra opção que pode ajudar a economizar é esperar passar as festas. Se com as crianças é mais difícil negociar um presente atrasado, para adolescentes e adultos é mais fácil. "Use a sua criatividade, faça um 'vale celular', espere passar o Natal e depois vá comprar. O importante é verificar o preço do que se deseja e acompanhar os valores, para saber se a promoção é verdadeira. Também vale usar outlets ou comprar de pequenos produtores. Isso vai depender da área de interesse da compra também", diz Vignoli.

O educador ressalta que a crise econômica ainda não passou, mas agora que a situação está começando a se estabilizar, o mais importante é as pessoas observarem o que aprenderam com tudo o que aconteceu. "Que aprendizado tive da crise, do descontrole? As pessoas precisam absorver lições do que aconteceu, senão vai ser uma noite feliz e um ano trágico. Consuma com responsabilidade", recomenda.