A psicóloga Clarissa Morales Rando e os filhos André, 2, Pedro, 6, e Mateus, 3: tarefas da casa introduzidas no dia a dia. Veja vídeo utilizando a tecnologia da Realidade Aumentada
A psicóloga Clarissa Morales Rando e os filhos André, 2, Pedro, 6, e Mateus, 3: tarefas da casa introduzidas no dia a dia. Veja vídeo utilizando a tecnologia da Realidade Aumentada | Foto: Marcos Zanutto



Na casa da psicóloga Clarissa Morales Rando e do fisioterapeuta e empresário André Meneghel Rando Junior não há monotonia. Pais de Pedro, 6, Mateus, 3, e André Neto, 2, a casa está sempre agitada, mas não há caos. Todas as tarefas são divididas entre o casal e as crianças já auxiliam na medida do possível e de acordo com a idade.

"O André sempre foi parceiro, por isso mesmo tivemos três filhos. Ele participou do parto, troca fraldas, educa. Nós nos respeitamos e dividimos as tarefas. É claro que cada um tem um jeito diferente, precisa falar mais firme em algum momento, mas os meninos são educados naturalmente, vendo o jeito com que agimos um com o outro", explica.

Segundo ela, mesmo tarefas simples são feitas por ambos, com a ajuda de uma funcionária da casa. "Um dia o André lava a louça, no outro eu lavo. Às vezes ele faz o jantar, em outros sou eu. Eles veem o pai cozinhando e querem servir. No horário do almoço ele troca os meninos e os leva para a escola, porque eu estou no trabalho, depois eu os busco. Tudo isso é feito de maneira natural, então para eles também é natural ajudar em casa", atesta.

A mãe conta também que os filhos gostam de ajudar a arrumar o quarto e ao terminarem de almoçar levam o prato e o copo para a pia. Pedro, o mais velho, já pede para lavar louça, então ela separa os itens de plástico para ele. "Eles guardam os brinquedos e quando esquecem a cachorra pega e morde, aí os lembro do porquê precisam deixar tudo guardado. O André Neto ainda rabisca as paredes, eu os ensino a limpar, mesmo que façam mais bagunça do que se eu tivesse limpado. Eles já sabem que a mochila e os tênis devem ser guardados nos quartos. Mas precisam nos ajudar, porque senão não damos conta", destaca.

Uma das premissas básicas da educação dos irmãos, segundo Clarissa, é de que é preciso respeitar o outro, independentemente de quem seja. E que uma brincadeira só tem graça se todos estão rindo. Outra é de que não façam para o outro o que não querem que façam com eles.

"Eles são mais agitados e às vezes sai uma lutinha. Ensino a tomarem cuidado, principalmente com as meninas, porque tem criança que não gosta desse tipo de brincadeira. Eles brincam com meninos e com meninas. Se interessam por super-heróis e brincam de casinha com as primas. Eles gostam de ser como o pai é, dizem querer ser como ele. Nós somos muito amorosos e eles veem isso."

Segundo Clarissa, o casal nunca teve uma preocupação formal de que os filhos fossem educados dessa maneira, mas por serem parceiros e dividirem as tarefas domésticas, é natural que cresçam dessa forma. "Eles não são príncipes encantados. E nem queremos que sejam!"