A professora aposentada Therezinha Corso não abre mão da música, de preferência a clássica: "Não sei viver sem"
A professora aposentada Therezinha Corso não abre mão da música, de preferência a clássica: "Não sei viver sem" | Foto: Gina Mardones



Hobby é uma atividade prazerosa praticada nas horas livres, sem necessariamente o intuito de retorno financeiro, e com o objetivo de relaxar a mente e o corpo. É como define o dicionário. Pode ir da culinária ao esporte mais radical. Não importa. O que vale é fazer o que se gosta e sentir-se em paz.
Para Therezinha Corso, professora aposentada, é a música clássica que alivia as tensões do dia a dia. "Eu não sei viver sem música", afirma categoricamente. E quando o som não é na TV ou no tablet, ela cantarola trechos de ópera pela casa. "A música me tranquiliza o espírito."
Recorda-se de quando criança seu pai contava trechos das óperas mais famosas, o que aguçava sua curiosidade. Assim que saíram os DVDs e aposentou-se, passou a comprar suas músicas. Também acompanha as apresentações ao vivo da Orquestra Sinfônica da UEL e do violinista Roney Maczak e elogia os espetáculos abertos ao público. "Eu vou porque temos que prestigiar. Acho que a música clássica devia ser mais difundida, porque é ouvindo que se aprende a gostar. A TV e as rádios só trazem essas músicas populares sem melodia nem letra", critica. "É impossível ouvir uma orquestra sinfônica e não gostar."
As óperas estão entre as obras prediletas, como Cavalaria Rusticiana, de Mascagni, "principalmente o trecho da procissão", destaca, Tosca, de Puccini, Turandot, La Bohème e Madame Butterfly, também de Puccini, A Flauta Mágica, de Mozart e La Traviatta, de Verdi. Essas são as que se recorda de imediato, mas a estante está repleta de DVDs. "Tem trechos que eu gosto muito de tanto ouvir."



Algumas peças são legendadas, as italianas não necessitam de legenda porque Therezinha consegue compreender muito bem. "Sou filha de italianos legítimos", diz, se lembrando de mais uma ópera: Carmen, de Bizet. "Cada montagem é uma mais linda que a outra."
A professora tem saudades dos concertos que eram exibidos na antiga sede da Associação Médica de Londrina, na Praça 1º de Maio, com Fernanda Jiran, já falecida. Ela promovia as apresentações aos finais de semana e comentava as óperas a serem exibidas. Os eventos costumavam reunir cerca de 20 a 30 pessoas.
A paixão de Therezinha pela música é tanta que comprou, há alguns anos, um teclado, depois trocou por um piano digital e faz aulas para tocar o instrumento. "Eu me distraio, tentando, nessas alturas da vida, dedilhar alguma coisa."