Ivan Pegoraro quer contagiar os colegas com o hábito da leitura
Ivan Pegoraro quer contagiar os colegas com o hábito da leitura | Foto: Gustavo Carneiro



Faz alguns meses que o advogado Ivan Pegoraro, 67, levou boa parte dos livros que tinha em sua casa para o escritório onde trabalha com outros dez profissionais mais jovens. A transferência da biblioteca particular deu-se por dois motivos: a mudança de uma casa para um apartamento e a necessidade de contagiar os colegas com o hábito da leitura. Leitor de quadrinhos, como Pato Donald, Mandrake e Fantasma na infância e de livros de aventura na adolescência, Pegoraro sempre foi apaixonado pelas letras. Hoje, está certo de que ler é fundamental para a profissão que exerce."Por isso insisto com o pessoal aqui do escritório para que leiam. Isso é muito importante na advocacia. Escrevemos muito e temos que ter uma boa redação para redigir bem o processo", defende.



À disposição de todos na biblioteca do escritório, os livros de Pegoraro, para satisfação dele, estão passando pelas mãos e pelos olhos dos colegas. "Qualquer um pode pegar. Todos ficam à vontade. Mas, assim como quando se retira um processo no Fórum, tem que assinar o livro de carga, responsabilizando-se pelo livro", explica.
Ao contrário do juiz Nanuncio, o advogado aderiu à tecnologia. Há dois anos comprou um leitor digital, influenciado pelo filho Bruno. Com o aparelho, consegue comprar livros digitais diretamente de uma grande livraria on-line. Já adquiriu mais de sessenta neste período. Para ele, ler na tela é tão prazeroso quanto no papel.
Sobre as três obras das quais mais gostou em sua longa experiência de leitor, Pegoraro destaca "Os Pilares da Terra", de Ken Follett (1989); "O Físico", de Noah Gordon (1986) e "Os Sete Minutos", de Irvin Wallace (1969). (W.S.)