Os filmes estão presentes na vida da revisora Christina Boni  desde os seus cinco anos de idade
Os filmes estão presentes na vida da revisora Christina Boni desde os seus cinco anos de idade | Foto: Marcos Zanutto



Christina Boni, revisora de textos, está encarando um desafio: catalogar seus quase dois mil filmes em ordem alfabética para facilitar quando quiser rever algum de sua coleção. Aficionada por cinema, chega a comprar entre dois a cinco filmes por semana, de preferência europeus e orientais, seus preferidos.
Tudo começou quando o pai levou Christina para assistir à Branca de Neve no cinema, em Arapongas. Ela tinha uns cinco anos e foi amor à primeira vista. "Ser cinéfila começou imediatamente e dura até hoje", diz. "O cinema é uma fábrica de ilusões."
Ela tem diversas coleções: de Charles Chaplin, O Melhor do Cinema Europeu, com mais de 20 filmes, documentário da BBC sobre a obra de Sherlock Holmes, quase todos os desenhos da Disney, além dos seriados atuais como Game of Thrones, Jornada nas Estrelas – "estou aguardando a sétima temporada", entre outros.
"Sou bem eclética", define-se. O que não a agrada são filmes de terror como "Massacre da Serra Elétrica", de Tobe Hooper. Quanto aos terrores mais clássicos, ela não faz objeção. Adora comédias, clássicos, obras do expressionismo alemão... não tem fim.
Em sua coleção, Christina tem raridades como a cópia do primeiro filme considerado faroeste, de 1910, que tem duração de apenas 15 minutos.
Para escolher o que comprar, a revisora pesquisa a obra dos diretores e tem seus preferidos como Fellini, Ettore Solla, Rossellini, Victorio de Sicca, Kurosawa e Kenji Mizoguchi. "Sou fã de suspense, também", lembra-se. "Mas comédia açucarada não é minha praia."
Ela não se considera uma conhecedora de filmes, mas sim uma apaixonada. "Os filmes sempre trazem uma lição de vida. É como se eu entrasse na tela, como se estivesse presente na história", declara. "Tem uma hora do dia em que a gente tem que sair um pouco da rotina." (M.R.)