Um dos pontos visitados pelo grupo foi a Chapada Diamantina, na Bahia: imponência do Morro do Pai Inácio
Um dos pontos visitados pelo grupo foi a Chapada Diamantina, na Bahia: imponência do Morro do Pai Inácio



Há quem goste de um hotel com muito conforto, com um roteiro todo programadinho. E há aquele viajante que curte o inesperado, trilhas acidentadas, acampamentos improvisados e tudo mais que um roteiro de aventura pede. Os amigos Bruno Ferraro, Karen Simy de Carvalho, Caio Cunha e Lucélia Canassa não têm medo dos imprevistos e no final do ano passado viajaram com destino ao Jalapão, no Tocantins.

O grupo saiu de Londrina no dia 25 de dezembro e já no primeiro dia percorreu cerca de mil quilômetros, passando pelo interior de São Paulo até chegar em Corumbá de Goiás, onde passou a primeira noite. A chegada em Palmas foi no segundo dia. Depois seguiram para o Jalapão. Com tempo sobrando eles foram também ao Maranhão, para conhecer a Chapada das Mesas, e a Lençóis, na Bahia, para a Chapada Diamantina. No total foram 15 dias de muita aventura e paisagens deslumbrantes.

Bruno Ferraro (à frente), Lucélia Canassa, Caio Cunha e Karen Simy de Carvalho: de Londrina ao Jalapão, no Tocantins
Bruno Ferraro (à frente), Lucélia Canassa, Caio Cunha e Karen Simy de Carvalho: de Londrina ao Jalapão, no Tocantins



Karen conta que a ideia inicial era ir sozinha, mas depois que os amigos ficaram sabendo dos planos e resolveram viajar junto, ela fez readequações dos gastos, que seriam divididos. Com experiência nesse tipo de viagem, ela dá as dicas. "Faço uma rota básica até o destino, procuro saber informações sobre o local, como pontos para pernoitar. Sobre o abastecimentos não há preocupações nas estradas brasileiras. Somente é importante ficar atento ao consumo do veículo e saber a quilometragem de uma cidade até a próxima parada, nada que um bom GPS não resolva", explica ela, contando que o grupo viajou em uma Mitsubishi Pajero Full, diesel, 4x4.

Karen conta que há viajantes que fazem planilha detalhada sobre o roteiro, calculando tempo e planejando paradas minuciosas, mas ela é mais tranquila. "Sou uma viajante mais leve nesses quesitos, pois já tive imprevistos em viagens e aprendi a lidar com perrengues. Quando se planeja tudo detalhado e alguma coisa não dá certo você fica decepcionado e esse não é o objetivo de uma viagem, a delícia é curtir cada quilômetro. A 'trip' só não segue em caso de alguma pane em que realmente não é possível consertar o veículo em tempo hábil ou em caso de acidente. Quando uma estrada é bonita, a velocidade é reduzida e as paradas para fotos são constantes, às vezes até pernoita-se no local que nem estava no roteiro apenas para curtir a energia do local."

Para essa viagem o grupo optou por acampar, por causa da economia, e programou paradas em hotéis apenas quando não havia campings no local ou ainda o cansaço da viagem exigia um pouco mais de conforto. "Para os dias em que se dirige trechos acima de mil quilômetros ou quando a estrada não tem boas condições, fazendo passar muitas horas dentro do carro além do esperado", recomenda Karen.

Durante a viagem os amigos se revezaram ao volante, com exceção de Bruno Ferraro, que por ser fotógrafo ficou incumbido de registrar todos os momentos. Com vários quilômetros percorridos de moto pelo Brasil e América Latina, ele é um entusiasta deste tipo de viagem. "É bacana viajar de carro ou moto porque podemos acompanhar a mudança geográfica dos lugares, o que não acontece de avião. Só fazendo uma viagem assim para pegar tudo, aprendi a apreciar a perspectiva", comenta Bruno.

Mesmo com um perfil mais rústico, Karen acredita que as viagens de aventura possam ser feitas por qualquer pessoa, inclusive casais com crianças. "Viagens podem e devem ser feitas por todos! Só depende do tamanho da paixão de conhecer lugares. O importante é estar com a saúde em dia. Conheço casais que viajam por meses, alguns com crianças", diz ela.

O grupo optou por acampar, por causa da economia, e programou paradas em hotéis apenas quando não havia campings
O grupo optou por acampar, por causa da economia, e programou paradas em hotéis apenas quando não havia campings



Provisões
Devido a passar por locais nem sempre providos de supermercados e farmácias, Karen recomenda levar materiais de primeiros socorros e alguns remédios básicos. "Alimentos não perecíveis e de fácil preparo ajudam muito em camping, frutas e verduras são compradas conforme necessário já que o armazenamento é complicado. A mala também é super importante, é bom sempre dar uma checada na previsão e saber como é o clima da região, pois se no local não faz frio não há motivo para levar roupas de frio, assim como se vai para a natureza não há motivo para levar roupas de balada. Mas eu digo que algumas coisas só aprendemos com a prática, leva-se o mínimo e usa-se o máximo dele. Do resto é apenas: divirta-se!" recomenda.

De tirar o fôlego!
Durante a viagem de 15 dias o grupo percorreu 7.321 km, tendo como primeiro destino o Parque Estadual do Jalapão, localizado no Estado do Tocantins. Ferraro explica que o primeiro destino foi o Parque Estadual do Jalapão, localizado no Estado do Tocantins. "Lá conhecemos os chapadões e serras, paisagem de cerrado, dunas alaranjadas, rios encachoeirados, nascentes e impressionantes formações rochosas. Passamos pelos principais pontos do parque em meio a 34 mil km² de paisagem árida, percorremos mais de 400km de estrada de terra."
De lá, os amigos seguiram em direção a Carolina, no sul do Maranhão, onde conheceram a Chapada das Mesas. Depois seguimos com destino a Chapada Diamantina na Bahia, onde fica o Morro do Pai Inácio. "Ele tem 1.120 metros de altitude, com uma vista de 360 graus de paisagem de tirar o fôlego, entre elas, um panorâmico e encantador pôr do sol. Após uma subida íngreme de aproximadamente 300 metros, vencida em cerca de vinte minutos, chegamos ao topo de onde se tem esta vista, uma verdadeira recompensa para o olhar, um cartão-postal a quem se aventura a estes cenários que nosso Brasil tem a oferecer", descreve. (E.G)

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Adrenalina e belas paisagens
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