Satisfeita com a vida profissional e pessoal, a apresentadora confessa que chegou mais longe do que imaginava
Satisfeita com a vida profissional e pessoal, a apresentadora confessa que chegou mais longe do que imaginava | Foto: Isabella Pinheiro/Globo



Fernanda Lima encara com naturalidade o comando de um reality show musical como o 'PopStar', exibido aos domingos, após o 'Esporte Espetacular', na Globo. Entre 2014 e 2016, a apresentadora esteve à frente do 'SuperStar', que ampliou o contato de bandas desconhecidas com o público e, no final, a vencedora ganhava R$ 500 mil e contrato com a gravadora Som Livre - na primeira edição, com o patrocínio da Ford, ainda rolou um Ka zero quilômetro, lançamento da época, para a campeã Malta. Agora, o programa tem dinâmica semelhante: há dinheiro em jogo, mas saíram os anônimos em busca de reconhecimento e entraram artistas que já conhecem a fama.

"O 'SuperStar' era parecido. Gosto de entrar nesse estúdio porque tenho certa familiaridade com ele. A diferença é que temos pessoas que todos nós conhecemos e adoramos. Como apresentadora, a experiência é muito tranquila", diz Fernanda.

Já entre os participantes, o clima de disputa vai se acirrando com o passar das semanas. E, embora deseje mesmo que a competição pegue fogo, Fernanda espera que a rivalidade não vire uma briga entre os concorrentes.

"Ficam falando de amizade, de carinho, mas é uma competição, vai ter um vencedor e vale dinheiro! Então, estou sempre lembrando isso a eles, instigando-os", admite a apresentadora.

Fernanda elogia a postura dos participantes do 'PopStar', que estão se aventurando em uma área que não pertence a eles naturalmente. E confessa que não teria a mesma ousadia. "Eu nunca participaria de um programa como o 'PopStar'! Acho de uma coragem absurda o que eles estão fazendo. É admirável, porque não é só ir ali e cantar. Eles já são pessoas consagradas em suas profissões e estão se arriscando ao serem julgados, analisados e criticados", afirma.

ATIVISMO
Aos 40 anos, Fernanda confessa que chegou mais longe do que imaginava. Satisfeita com a vida profissional e pessoal, diz não ter mais tantos sonhos para realizar. Mulher do também apresentador Rodrigo Hilbert e mãe dos gêmeos João e Francisco, de 9 anos, ela faz um balanço positivo de suas conquistas.

"Fiquei feliz com o que aconteceu com o 'Amor & Sexo', a maneira como tudo começou e a forma como ele está se desenvolvendo. 'PopStar' é uma nova expectativa na minha vida. Também estou bem com a minha família, meus filhos e a educação que eu dou para eles", conta.

Fernanda não esconde o orgulho que tem do 'Amor & Sexo'. Debatendo assuntos diversos como feminismo, intolerância, machismo, erotismo, entre outros, a apresentadora ganhou cada vez mais espaço na TV. E, por levantar bandeira a favor da diversidade de gênero e orientação sexual, foi convidada para ser a madrinha da 21ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que aconteceu em 18 de junho.

"Foi maravilhoso participar da Parada Gay! É um momento importante para a gente ocupar as ruas e cada um lutar pelos seus direitos, sejam eles mais individuais ou coletivos. Essa situação política que a gente vive nos entristece muito e um evento como aquele tem importância absurda. Deveríamos fazer mais paradas gays para falarmos de todos os assuntos que nós gostaríamos", acredita.

Fernanda não tem medo de se posicionar. A apresentadora diz que sempre foi assim, mas não tem dúvidas de que estar à frente do 'Amor & Sexo', cuja primeira temporada foi ao ar em 2009, abriu um espaço que ela não previa ocupar nesse sentido. Segundo ela, é instigante falar para pessoas de diversas idades e com opiniões totalmente diferentes.

"Sempre fui bastante opinativa. Fazer isso em uma emissora de TV aberta, para milhares de famílias, é arriscado. Mas, em algum momento, cheguei à conclusão que se eu não tomasse partido e não me mostrasse de maneira que até me expusesse, o 'Amor & Sexo' não teria chegado tão longe", finaliza.