Imagem ilustrativa da imagem No caminho da fé
| Foto: Fábio Alcover
Jéssica Pieri, pregadora e serva do Grupo de Oração Caminhando com Maria: "Não comecei pregando, Deus vai tratando a vida da gente"


Muitas pessoas têm uma fé inabalável. E tantas outras têm também a capacidade de compartilhar isso com o próximo. No caso da pregadora e serva do Grupo de Oração Caminhando com Maria, Jéssica Pieri, isso pode ser multiplicado por centenas de vezes. Casada, mãe de dois jovens de 21 e 16 anos, ela é formada em Direito e História e hoje se dedica à direção do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, em Londrina. Diariamente, encerradas as atividades profissionais e pessoais, ela reserva parte da noite para estudar e pregar a Palavra de Deus.

Atuando como pregadora há aproximadamente 18 anos, Jéssica conta que teve uma formação católica "básica". "Fiz a formação da catequese, mas meio que por obrigação. Quando me casei, meu marido sugeriu que fôssemos para a igreja e começamos um caminho. Depois de tudo isso, aconteceram tantas coisas. Eu engravidei do meu filho, passamos por um momento dentro do casamento com a morte da minha sogra, daí desencadearam tantas coisas e na verdade a gente se chegou a Deus pela dor. Foi aí que eu me apaixonei por Deus, por Jesus e comecei a fazer um caminho dentro da Renovação Carismática Católica", conta.

Ela diz que a partir desse momento passou a estudar, se formou e sentiu o chamado para levar a Palavra de Deus. Isso há 21 anos. "Mas não comecei pregando, Deus vai tratando a vida da gente", pondera.

Desde então, Jéssica não parou mais. Além das atividades no grupo de oração, ela também é convidada para pregar em outros grupos, tanto de Londrina quanto da região. Neste ano terminou de escrever um livro e também já compôs músicas evangelizadoras.

"O grupo é um terceiro filho meu. Trabalho ali dentro como quem cuida de um filho, faço com amor, vejo o resultado na vida das pessoas da mão de Deus. Falo que quando nos colocamos em oração as palavras de Deus são como melodia no ouvido da gente, e é uma melodia que não acusa mas traz paz, traz conforto, que a gente sente sempre que não está sozinho. Tenho visto o que Deus faz, através de mim, de padres, de pastores, o Espírito de Deus tem essa capacidade de transformação, de nos tornar mais fortes", explica ela.

Com uma média de 1.200 pessoas em cada reunião, o grupo Caminhando com Maria chama a atenção por ser o maior de Londrina. O motivo, segundo Jéssica, é a dedicação dos servos e também algo "inexplicável aos olhos dos homens".

"Isso não quer dizer que os outros grupos não se dediquem, que outros servos não se dediquem. Eu vejo o empenho nos lugares por onde eu passo, mas vejo que Deus age demais naquele lugar, são muitos os testemunhos. O mais lindo não é ver o testemunho de cura somente, de restauração familiar. O que eu acho mais bonito nesse processo todo é que às vezes o problema não termina, a pessoa tem que conviver com o divórcio, a pessoa passa tempos convivendo com o desemprego, mas toda segunda-feira indo ali (no grupo) ela se torna forte. Ela acaba tendo uma maturidade espiritual que é capaz de orar e dizer 'talvez eu não precise da cura, mas eu estou mais forte, eu não estou sozinho, posso passar pelo vale e não estou sozinho'. Isso eu acho mais bonito porque é fruto de conversão, é você não buscar Deus somente por aquilo que ele pode te oferecer, mas pela companhia Dele na sua vida."

Jéssica também participa da gravação de pequenos vídeos que alimentam o canal do grupo no Youtube e no Facebook, chamados de 3 Minutos de Oração. Agora um novo projeto está no ar, o Gotas de Formação, que explica em poucos minutos palavras e momentos dentro da missa. Segundo ela, no grupo há diferentes perfis de pregadores, para cada tipo de público, e um dos motivos de alegria é ver como os homens estão cada vez mais presentes na igreja. "Geralmente na história de conversão de uma família a gente vê a mulher buscando mais e lá vemos muito a busca dos homens pela Palavra de Deus. Isso é saudável para a família porque agrega, são o homem e a mulher juntos."

Depois de um ano difícil para muitas pessoas, Jéssica recomenda que em 2017 as pessoas escutem e busquem mais a Deus. "Eu posso olhar para trás e ver que eu tive muitas lutas, mas que foi possível atravessar o ano sempre orientado por Deus. O Senhor é a esperança!"