A chegada da Econoronha abriu os horizontes de muitos empresários da ilha. Se no passado tudo era de improviso, agora eles querem profissionalizar os serviços oferecidos aos turistas.
As pousadas domiciliares, que há anos hospedam visitantes em espaços simples e muito confortáveis, passaram a ser classificadas. Não se trata de estrelas, pois elas não se enquadram nos padrões tradicionais, já que lhes faltam alguns serviços considerados básicos, como estacionamento. Por isso, os empresários criaram uma referência específica, que vai de 1 a 3 golfinhos.
As hospedagens mais disputadas, como a do Zé Maria e a Maravilha, são 3 golfinhos - e seus preços equivalem aos de um hotel cinco-estrelas. A diária de um apartamento simples para duas pessoas, na baixa temporada, não sai por menos de R$ 688. Na alta temporada, R$ 838. O bangalô pode chegar a R$ 2.008, na baixa, e a R$ 2.418, na alta.
No Zé Maria, os bangalôs especiais têm 80 metros quadrados, são equipados com TV de LCD, ar-condicionado e banheira com hidromassagem, além de terem uma ampla varanda.
As pousadas de 1 golfinho custam em torno de R$ 300 e têm ar-condicionado, TV a cabo e banheiro. Uma diária nas intermediárias sai por cerca de R$ 500, com café da manhã. No total, existem hoje no arquipélago 104 pousadas e 1.300 leitos.
Outro chamariz de Noronha é a gastronomia. Os restaurantes, como os hotéis, carregam o ''preço ilha'', bem mais salgado, mas apresentam qualidade altíssima.
O Palhoça da Colina é bem exótico. Como as mesinhas são baixas, em estilo japonês, o turista se senta no chão, em meio a dezenas de almofadas coloridas. A iluminação é feita apenas com velas espalhadas sobre as mesas.
Por R$ 100, os visitantes saboreiam uma sequência equilibrada com saladas verdes, frutas, banana assada, batatas, lagosta e camarão. O prato principal é o ponto alto da noite: um peixe assado na folha de bananeira, servido pelo próprio dono do restaurante. (R.P e C.A.)