Mais do que mães, elas são esposas e profissionais, administram a casa e a rotina da família com maestria. São mulheres guerreiras, que desempenham múltiplos papéis e ainda reservam um horário na agenda para cuidar do corpo e da mente, a fim de manter a feminilidade em dia. Com este perfil, grande parte das mulheres modernas enfrenta diariamente uma jornada tripla e deixa para trás a imagem de sexo frágil.
A empresária do ramo de idiomas, Cláudia Taha, que o diga. Mãe de Omar, 17 anos, Carolina, 15, e Juliana, 11, é casada há 24 anos, e tem uma rotina profissional que exige tempo e dedicação. Além de atuar na escola de idiomas em que é sócia, é professora convidada de um curso de especialização da Universidade Estadual de Londrina (UEL), tradutora e intérprete. Participa ainda do Rotary e é membro da Braztesol (maior associação no Brasil de professores de inglês). Entre duas e três vezes por semana faz aulas de tênis e não abre mão da massagem estética.
Questionada sobre como dá conta da rotina tão atribulada, Cláudia revela os segredos de sua versatilidade. ''É importante acordar cedo para fazer o dia render. Levanto todos os dias entre 6h30 e 7 horas da manhã'', afirma a empresária, que considera fundamental contar com a ajuda de bons parceiros. ''Só dou conta de tudo porque tenho o apoio do meu marido, das minhas sócias na empresa e de uma funcionária que me auxilia nos serviços de casa'', destaca. Para ela, também é importante a mulher não se cobrar tanto. ''Temos que dar o nosso melhor, mas não querer ser 100% em tudo'', diz.
Os recursos tecnológicos são grandes aliados na vida da empresária. ''Para conseguir ficar a par do que acontece na empresa, por exemplo, checo meus e-mails pelo celular a todo momento'', conta.
Apesar da correria, ela não abre mão de alomoçar com a família todos os dias e de levar e buscar os filhos em suas atividades. As noites da sexta-feira, no entanto, normalmente são dedicadas ao marido. ''É preciso gerenciar bem o tempo'', considera Cláudia, que ainda tem disposição para receber intercambistas em sua casa. ''No momento estou com um ''filho'' americano de 19 anos'', pontua ela, destacando que o primogênito Omar está fazendo intercâmbio nos Estados Unidos. ''Acho legal essa troca para os meus filhos aprenderem a lidar com as diferenças e conhecerem outras culturas.''
Em busca de equilíbrio
Se o assunto é a capacidade que as mulheres modernas têm de gerenciar o tempo e desempenhar múltiplos papéis, a médica Ana Fabianne Wosgrau tem muito a contribuir. Mãe de Lucas, 17, e Ana Luiza, 11, ela se divide entre a vida profissional e os cuidados com a casa e com a família. Também se preocupa em cuidar da mente e manter a vida espiritual em dia. ''Não abro mão de participar do grupo de oração da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora semanalmente. É onde busco o meu equilíbrio'', salienta.
Ana, que é separada, trabalha cerca de oito horas por dia de segunda a sábado. ''Acordo cedo, levo a minha filha na escola e vou trabalhar'', relata a médica, que está se adapatando à ausência do filho mais velho, que recentemente se mudou para São Paulo para cursar a faculdade de Direito na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Também frequenta as reuniões semanais do Clube Alvorada, cujo principal objetivo é a filantropia. ''É como se fosse a minha terapia'', diz.
Segundo ela, a sua força é herança da mãe, a pianista Elisabeth Wosgrau. ''As mulheres da minha família são realmente guerreiras. Tenho muito orgulho disso'', afirma.
Dona Elisabeth é muito presente na vida da filha e da neta. ''Faço questão de passar um tempo com elas, cozinhar e fazer compras'', observa a matriarca, que criou a filha praticamente sozinha. ''Me separei quando ela tinha nove anos de idade. Assumi todas as responsabilidades''. lembra.
A caçula da casa, Ana Luiza, afirma que está cercada de ''mulheres admiráveis'' e já começa a dar os primeiros passos rumo aos desafios da vida.


Imagem ilustrativa da imagem Guerreiras, com muito orgulho
| Foto: Gina Mardones
Cláudia Taha, empresária, com as filhas Carolina e Juliana: ''Temos que dar o nosso melhor, mas não querer ser 100% em tudo''
Imagem ilustrativa da imagem Guerreiras, com muito orgulho
| Foto: Renata Cabrera
A médica Ana Fabianne Wosgrau entre a mãe Elisabeth e a filha Ana Luiza: rotina profissional e familiar