"A tendência para noivas é só um direcionamento, não existe aquela coisa tem que usar isso, tem que usar aquilo. Ou não pode usar aquele outro. Se a noiva sempre sonhou em casar à noite, não é porque a moda é casar de dia que ela não pode se casar à noite", enfatiza a designer de acessórios Roberta Neme, do Atelier Ro'Zah.

Expert em grinaldas e brincos para noivas, Roberta lembra que "hoje ninguém se casa por obrigação e sim por por escolha. Então tem muito de trazer o sonho para a realidade no casamento, o sonho da princesa, por exemplo". Para ela, "está tendo o resgate das peças mais tradicionais, o que se usava antigamente, mas com uma leveza nos acessórios de cabeça".

Segundo Roberta, os casamentos norte-americanos andam inspirando os eventos no Brasil de uns tempos para cá. "Tem a história do 'something old, something new, something borrowed, something blue (uma tradição que diz que a noiva deve usar algo velho, algo novo, algo emprestado e algo azul no dia do casamento), a questão dos elementos mais artesanais na decoração, dos casamentos ao ar livre, das madrinhas usando a mesma cor", exemplifica.

"Muitas noivas emprestam um brinco de uma amiga, ou então já fazem uma peça pensando na irmã que vai se casar", explica a designer, que faz peças sob encomenda, mas também trabalha com aluguel de tiaras, coroas, porta-coques e pentes. Os adereços em prata também podem levar banho de ouro amarelo ou ouro branco.

Na nova coleção da Ro'Zah, Roberta resgata os elementos florais e os arabescos. "O brilho continua forte, mas dá espaço para peças com menos brilhos, mais flores com outros materiais. Tem muita pérola, que traz a ideia do romantismo. Desenvolvo duas coleções por ano, na tendência do momento, mas uma mistura do clássico, que é atemporal. Procuro desenvolver peças que a noiva vai ver o álbum daqui 5, 20 anos e ela vai estar moderna", avisa.

Em geral, Roberta recomenda que as noivas comecem a busca pelos acessórios com quatro meses de antecedência, se forem alugar. "Lógico que vai muito do tempo da noiva, tem gente que vem um ano antes ou um mês", diz. Para quem quer uma peça exclusiva, a designer explica que são necessários seis meses de antecedência para a criação e confecção.

Aos poucos, as cores vão invadindo as grinaldas, há muito tempo dominadas pelo prata e pelas pérolas. Roberta Neme lista o azul claro da água marinha e do topázio, o verde e o rosa clarinho, assim como o branco leitoso, que puxa para o tom do vestido. "Algumas noivas buscam o vermelho e o rosa escuro, mas aí optam pelo brinco", lembra.

"Quando a gente olha para a noiva, o rosto tem que estar em primeiro plano e os complementos vêm só para completar a beleza dela", ensina a expert. "Mas a gente pede que ela tenha pelo menos um acessório na cabeça, mesmo que seja pequeno. É que hoje tem a tendência do acessório de cabelo também para as convidadas, então a noiva precisa ser ainda mais noiva", diz.

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Fabricia Campi com e sem o véu, sem perder o brilho da coroa
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Joysse Buzato: opção floral
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Fabiane Correa
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Ana Caroline Sanches: porta-coque do Atelier Ro’Zah