O que existe em comum entre as estrelas hollywoodianas, Bruce Willis e Julia Roberts, os gênios Isaac Newton e Theodore Roosevelt e os brasileiros Nelson Gonçalves e Machado de Assis? Simples, todos têm ou tiveram distúrbio de fluência da fala. Conheça um pouco da história de alguns deles.


Murilo Benício

"Eu sou gago até hoje. Entro na casa dos meus pais e fico completamente gago. Mas antigamente eu era gago mesmo, e mudo. Não era nem de ficar que-que-que, não saía nada. Foi uma coisa que eu tive por volta de oito anos e até hoje não sei a causa. Mas imagina a cara do meu pai e da minha mãe quando eu disse que iria ser ator. Eu era péssimo aluno e gago. Eles me olharam e devem ter pensado: tadinho. Mas quando foram assistir a uma peça minha, aconteceu a mágica. Eles se emocionaram porque eu não gaguejava nada no palco. Na vida real, só melhorei quando, aos 18 anos, fui morar nos Estados Unidos. Passei por muito aperto lá", contou o ator à Revista Quem

Imagem ilustrativa da imagem Famosos e gagos
Bruce Willis

Depois que os pais de Bruce se separaram, em 1972, seus problemas de fluidez da fala começaram a ser mais notórios, principalmente na sala de aula. Seus colegas caçoavam dele com apelidos que faziam referência a seu transtorno. Mas Willis descobriu que quando estava em cima de um palco, representando em peças de teatro escolares, sua gagueira desaparecia. Desde então continuou a atuar até se tornar um ator profissional.

Nelson Gonçalves

Um dos maiores intérpretes da música brasileira, o cantor tentou de tudo na sua juventude: foi jornaleiro, mecânico, engraxate, polidor, tamanqueiro e lutador de boxe (foi campeão paulista na categoria peso-médio aos 16 anos), sempre acompanhado de seu apelido "Metralha", por causa da gagueira. Decidiu então ser cantor e se converteu em um dos maiores sucessos da música brasileira. Durante sua carreira vendeu quase 80 milhões de discos, ganhou 38 discos de ouro e 20 de platina