A professora aposentada Dilza Ramos da Silva, de 58 anos, é um exemplo de como a cultura e os hábitos familiares interferem na utilização das ervas nos cuidados com a saúde. Ela conta que foi criada com chás e ervas e que este ensinamento passado de mãe para filha faz com que ela procure primeiro a cura nas plantas medicinais. E só em caso de extrema necessidade faz uso de medicamentos alopáticos.

"Já tive problemas de gastrite e mal-estar após a menopausa, tudo eu tratei com a fitoterapia. Há alguns anos tive depressão grave, então acabei procurando um médico, mas junto com os remédios que ele me passou eu usava os chás das plantas indicadas", conta Dilza. Saquinhos com folhas, caule e flores de plantas medicinais não faltam na casa da professora aposentada. As ervas calmantes vão para a água quente sempre que ela se sente irritada. "Eu gosto dos chás de camomila, hortelã e erva-doce. Quando estou um pouco mais tensa opto pela melissa ou pela valeriana", conta.

Para Dilza, os medicamentos fitoterápicos e as plantas medicinais são mais eficazes do que os medicamentos convencionais. "Eu percebo que o remédio alopático conserta uma coisa mas estraga outra. Eu sempre acabo tendo que tomar um remédio para resolver um problema causado por outro remédio. Percebo que com as plantas isso não acontece. Elas têm menos ou até nenhum efeito colateral e quase sempre resolvem o problema", defende. (M.A.)

Imagem ilustrativa da imagem Conhecimento de mãe para filha
| Foto: Foto: Gustavo Carneiro
Não faltam ervas medicinais na casa de Dilza Silva: "Elas têm menos ou até nenhum efeito colateral e quase sempre resolvem o problema"