Imagem ilustrativa da imagem Avó vezes nove
| Foto: Foto: Fábio Alcover
Os almoços de sábado são para reunir a família da empresária Olga Naka, cercada pelos netos Bruna, Beatriz, Ricardo, Arthur, Manuella, Maria Fernanda e Augusto. Faltaram ainda Paulo e Amanda, que estavam viajando



"Eu estou no céu", afirma a empresária Olga Naka. Avó de nove, ela bem que ficaria feliz com mais um neto para arredondar o número. "Ou então posso ter um bisneto. Com 87 anos, minha mãe tem 23 bisnetos, vamos ver se consigo ser como ela", almeja. Amanda, a neta mais velha tem 24 anos, e a caçulinha Manuella, tem 1 ano. O grupo ainda tem Bruna, Paulo, Ricardo, Beatriz, Arthur, Augusto e Maria Fernanda.

"É bem gratificante ser avó. O que eu não fazia para o filho, faço para os netos", conta Olga, que não aceita aquela máxima – e que ouve de tempos em tempos – que os avós estragam os netos. "Não é que a gente estraga. Mas é que lá em casa sempre tem um chocolate, eu deixo comprado Kinder Ovo porque o Artur e o Augusto gostam", entrega.

Mãe de quatro filhos, a empresária se dividia com os cuidados da casa e da loja quando eles eram pequenos. "Quando vim para cá, a Juliana tinha 7 anos e o Fernando 1 ano e dois meses, era uma escadinha. Eu cuidava da loja e da casa, sem empregada. Tinha uma diarista só uma vez por semana, então era cozinheira, fazia o caixa da loja e ia aos bancos. Hoje tenho mais tempo para os netos", diz.

Para estar mais perto, ela e o marido reúnem os filhos, genros e netos nos almoços de sábado. Já virou uma tradição. Aos domingos, o encontro é na chácara. "Como somos em 20 e eu moro em apartamento, compramos essa chácara para nos reunirmos. Lá eu deixo eles (netos) fazerem uniguiri (bolinho de arroz japonês). Eles falam que não tem chá como o da avó, uniguiri como o meu", sorri Olga. "E lamentam quando não podemos nos encontrar por conta de outros compromissos."

Avó jovem, a empresária lembra que levou um choque com a notícia da primeira neta. "A minha filha ainda estava estudando, então praticamente eu que cuidei da neta", conta. Como o bebê demorou para se acostumar à mamadeira – que lhe era dada enquanto a mãe estava na escola –, a avó precisou improvisar. "Jogava o leite no meu peito para ela mamar", lembra.

Com a neta Bruna, a experiência marcante foi a viagem para a Califórnia. "Eu não falo nada de inglês, então nunca pude viajar sozinha. Mas ao ver a Bruna, com 16 anos, se comunicando foi um orgulho para mim. Então hoje, para viajar com os avós eles já sabem, têm que estudar", diz.
"O Paulinho não está aqui porque foi sozinho para os Estados Unidos, com 15 anos", lembra.