Abrindo a casa e o coração

| Foto: Foto: Saulo Ohara

"Vi que podia ajudar dessa forma, preparando os gatos para serem adotados", diz a atriz Juliana Paula Galante

A atriz Juliana Paula Galante aprendeu desde cedo a ter compaixão pelos animais. Vinda do interior de São Paulo, ela conta que em sua cidade natal já saía com o pai para resgatar animais atropelados, além de deixar ração na rua para cães e gatos sem lar. Ao vir para Londrina, não demorou para se envolver com a proteção animal.

"Sou vegana, então gosto muito de animais. Eu morava em um prédio no centro e do meu apartamento via uma gata com filhotes em cima da cobertura no terreno ao lado. Eles eram muito bravos por não terem contato com humanos e com a ajuda de uma voluntária do Grupo Sete Vidas consegui resgatá-los. Adotei dois dos filhotes e doei os outros, depois de 'amansá-los'. Vi que podia ajudar dessa forma, preparando os gatos para serem adotados", conta.

Hoje Juliana se dedica a dar lar temporário aos animais. Também os recolhe, castra e doa. O dinheiro ela arrecada junto aos amigos e desconhecidos através da internet. "Eu não tenho condições financeiras para fazer tudo sozinha, mas através das 'vaquinhas' virtuais conseguimos ajudar, muita gente quer fazer alguma coisa e não sabe como."

Ela não tem ideia de quantos gatos ajudou até hoje, mas são vários. Juliana conta que no início ficava com dó ao entregar o animal para doação, mas depois entendeu que precisava ter espaço em casa para que outros também tivessem chance de serem cuidados e assim encontrassem um novo lar. Mesmo assim, ainda acabou adotando mais dois gatos e hoje a família felina é composta por três gatas e um gato.

Outra ação com bastante resultado prático foi promover com um grupo de amigos uma feijoada vegana, com renda revertida para castração. Uma nova edição deve ser realizada em breve, para fazer casinhas para os animais abandonados. Como atriz, ela faz apresentações onde o ingresso é ração para cães e gatos. "Na última vez conseguimos 50 quilos de ração. Não é difícil ajudar, a pessoa não precisa ser voluntária de uma ONG. Existem várias maneiras de ser útil, mesmo que seja apenas compartilhando nas redes sociais as fotos dos animais para doação ou os pedidos de ajuda." (E.G)