Tímida no camarim, demônio no palco
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 03 de julho de 1998
Nelson Sato
A cantora carioca Cássia Eller é famosa por falar pouco. Tão explosiva no palco quanto tímida no camarim, ela é testada mais uma vez como a entrevistada especial desse domingo no programa Vitrine (TV Cultura).
Festejada como a mais visceral intérprete de sua geração, a cantora lançou recentemente o CD Veneno Vivo, o segundo disco ao vivo de sua carreira. É sobre ele e sobre a música em geral que ela fala à repórter Maria Cristina Poli, cuja perspicácia conseguiu arrancar um depoimento revelador do ator Cláudio Cavalcanti na semana passada.
Na entrevista de amanhã, Cássia Eller não deixa de abordar assuntos de sua vida privada como o homossexualismo e o fato de ser mãe solteira. Confessa, porém, que seu assunto predileto é a música. E, na música, o lugar que tem ocupado desde sua aparição no começo da década parece reiterar a ambiguidade comportamental oscilando entre o rock e a MPB.
Com 35 anos e seis discos lançados, ela já foi chamada de Cazuza de saias, assim como levou um crítico da revista Veja a defini-la como a voz mais macho do pop brasileiro. Vitrine vai ao ar às 19h30.