‘A Comédia do Casamento de Romeu e Julieta’: sátira de Ephraim Kishon sobre clássico de Shakespeare foi traduzido por Millôr Fernandes no Brasil
‘A Comédia do Casamento de Romeu e Julieta’: sátira de Ephraim Kishon sobre clássico de Shakespeare foi traduzido por Millôr Fernandes no Brasil | Foto: Divulgação



Como estariam Romeu e Julieta se não tivessem morrido? Como seria o célebre casal após vinte anos de casamento? Como seria se tivessem uma filha adolescente? Com muito humor e sarcasmo, as respostas a essas perguntas são apresentadas ao público no espetáculo teatral "A Comédia do Casamento de Romeu e Julieta". Com apoio do Grupo Folha de Comunicação a montagem chega a Londrina com sessões nesta quinta (16) e sexta-feira (17), às 20 horas no Teatro Zaquel de Melo.

A peça satiriza o maior clássico do teatro mundial escrito por William Shakespeare, que revoltado com a deturpação de sua obra-prima envolve-se na trama cômica para tentar remediar os conflitos e salvar a mais bela história de amor de todos os tempos. Na montagem, o mais famoso par romântico do mundo delibera não mais morrer ao final da peça, pois seu amor era tanto que ludibriam o autor e se casam. Vinte anos após essa decisão e já com uma filha adolescente, o casal vive o pânico de um casamento desestruturado, revelando à plateia as mazelas de uma união turbulenta. A deterioração do dia a dia, a falta de respeito e a ironia do bolor do tempo são a tônica da peça.

Casados, os personagens vão morar nos arredores de Verona abrindo mão de dote e de uma vida confortável. O casal corre em busca da felicidade enfrentando tudo e todos em nome do amor. Porém, a vida não andava nada bem entre os dois. Romeu (Ricardo Michels) deixou a vida de playboy e tornou-se professor de balé. Julieta (Fernada Sordi) se divide entre os afazeres da casa e aos cuidados com a filha Lucrécia (Camila Prado), adolescente de personalidade forte e opiniões claras, se vê envolvida com William Shakespeare (Ben-Hur Prado) que ressurge após 8 anos de sua morte para tentar resolver toda essa loucura.

TEXTO E TRADUÇÃO
O autor Ephraim Kishon nasceu em Budapeste, Hungria, em 1924, em uma família de classe média judia. Nascido como Ferenc Hoffmann, Kishon se formou em uma escola de escultura de metal e estudou história da arte. Ele começou a publicar ensaios humorísticos e peças para o teatro na Hungria. Escreveu 20 romances e 9 peças teatrais. O tradutor do texto é Millôr Fernandes, carioca (1923 - 2012), que foi desenhista, humorista, dramaturgo, poeta, tradutor e jornalista. Em mais de 70 anos de carreira ganhou fama por suas colunas de humor gráfico na Veja, O Pasquim, e Jornal do Brasil. Para o teatro escreveu 25 peças, traduziu mais de 70 textos, além de escrever 29 romances, sem falar de sua presença no cinema e nas artes visuais.

"A Comédia do Casamento de Romeu e Julieta" foi apresentada no Brasil no início da década de 80 com o título de "Pô, Romeu!", inicialmente no Rio com os atores Otávio Augusto, Cininha de Paula e Odilon Wagner e depois para temporada em São Paulo, Odilon foi substituído por Paulo Hesse. A direção foi de Adriano Stuart. Na montagem atual, o espetáculo é apresentado com o patrocínio do Ministério da Cultura, através de incentivo fiscal (Lei Rouanet) que oferece 40% de seus ingressos para atender a alunos da rede pública de ensino e a diferença com preços populares.

Serviço:
A Comédia do Casamento de Romeu e Julieta
Quando - Quinta (16) e sexta-feira (17), às 20 horas
Onde - Teatro Zaqueu de Melo
Quanto – R$ 15 (meia-entrada) e R$ 30 (inteira)
Ponto de venda – site www.megabilheteria.com.br