Franciely Freduzeski sempre é convidada para representar papéis sensuais e voluptuosos. Mas vive uma exceção. No ar em ''Máscaras'' como Cláudia, esta é a primeira personagem da atriz que foge do apelo sensual. Essa característica inédita em uma personagem, segundo ela, foi um dos motivos que a levou a encarar o novo trabalho com mais satisfação. ''O importante para mim é ter uma história para contar e ser completamente diferente de mim'', explica.
Para a atriz, abandonar personagens do tipo ''gostosonas'' para viver uma mulher intelectual representa um marco na carreira. ''Apesar de ser bonita, a Cláudia não tem apelo sexual. Por isso, encaro esse trabalho como destaque na minha carreira'', maximiza.
A trajetória da bela morena diante das câmaras começou em 1999, na ''Turma do Didi'', na Globo. Após fazer participações em novelas, como ''Malhação'', ''O Clone'' e ''América'', tem sido neste papel que Franciely realiza o sonho de atuar em uma trama do início ao fim. No folhetim, ela vive uma publicitária fechada para as relações amorosas, que critica as amigas que só pensam em homens.
A atriz, que confessa estar sempre disposta a se envolver amorosamente, assegura que teve de buscar o oposto de sua personalidade para dar vida à Cláudia. ''Alguma coisa a marcou e ela resolveu que não amaria ninguém. Ela é fria, ácida, enfim, tudo o que eu não sou'', destaca.
Foi a Publicidade que, aos 12 anos, despertou o interesse da atriz pelas artes. ''Eu percebi que este ramo exigia de mim boa dicção e desenvoltura. Foi então que resolvi fazer teatro e me apaixonei'', recorda.
Além das novelas, a paranaense de 32 anos teve uma passagem pelo seriado ''Donas de Casa Desesperadas'', da RedeTV!, pelo reality show ''A Fazenda'', da Record, e pelo humorístico ''Zorra Total'', da Globo. Neste último, ela viveu um dos papéis que, segundo a atriz, mais teve retorno do público, com o bordão ''Dá uma subidinha''.
Franciely conheceu a realidade da profissão aos 19 anos, quando abandonou o conforto da casa dos pais em Curitiba e se mudou para o Rio de Janeiro visando conquistar espaço nas Artes Cênicas. ''Já pensei até em desistir, porque a carreira é de muitos altos e baixos'', admite. Entretanto, a atriz sempre optou por se dedicar à atuação e buscar novas oportunidades. Tanto que, após ''Máscaras'', ela não pensa em descansar. ''Estou indo com a peça 'Exilados' para Buenos Aires, na Argentina, e logo em seguida vamos fazer temporada em São Paulo'', adianta.

Nome: Franciely Gonzaga Freduzeski.
Nascimento: Em 2 de outubro de 1979, em Laranjeiras do Sul, no Paraná.
O primeiro trabalho na tevê: ''Turma do Didi'', em 1999.
Atuação inesquecível: ''A minha personagem Bertha, na peça 'Exilados'''.
Interpretação memorável: Meryl Streep, no longa ''Um Divã para Dois'', de David Frankel.
Momento marcante: ''O nascimento do meu filho Lucas, que hoje está com nove anos''.
A que gosta de assistir: Filmes.
O que falta na televisão: ''Diversidade, caras novas''.
O que sobra na televisão: ''Programas de auditório''.
Ator: Denzel Washington.
Atriz: Meryl Streep.
Com quem gostaria de contracenar: Fernanda Montenegro.
Se não fosse atriz, o que seria: ''Não sei. Sempre estive certa do que queria''.
Novela preferida: ''Mulheres de Areia'', de 1993.
Cena inesquecível na tevê: ''Quando a onça comeu o irmão de Delzuíte, vivida por Giovanna Antonelli, na minissérie 'Amazônia - De Galvez a Chico Mendes'''.
Melhor abertura de novela: ''Avenida Brasil'', de João Emanuel Carneiro.
Vilão mais marcante: Odete Roitman, personagem de Beatriz Segall, em ''Vale Tudo'', de 1988.
Personagem mais difícil de compor: ''O vilão é sempre mais difícil''.
Papel que mais teve retorno do público: Beta, de ''O Clone'', de Glória Perez, de 2001.
Melhor bordão da tevê: ''Dá uma subidinha'', da personagem Dona Gegé, no ''Zorra Total'', da própria Franciely.
Que novela gostaria que fosse reprisada: ''América'', de 2005, de Glória Perez.
Que papel gostaria de representar: ''Uma vilã''.
Com quem gostaria de fazer par romântico: Murilo Benício.
Filme: ''Uma Linda Mulher'', de Garry Marshall.
Livro de cabeceira: Bíblia.
Autor: Glória Perez.
Diretor: Ignácio Coqueiro.
Vexame: ''Quando levei um banho de lama no meio da rua''.
Um medo: ''De não ver o meu filho crescer''.
Projeto: ''Atuar no cinema''.