A Sanepar trata 4,7 milhões de água por mês para atender cerca de 230 mil pontos de consumo
A Sanepar trata 4,7 milhões de água por mês para atender cerca de 230 mil pontos de consumo | Foto: Gina Mardones/ Divulgação
Alunos do terceiro ano da Escola Municipal Neman Sahyun viram de perto o processo de tratamento da água
Alunos do terceiro ano da Escola Municipal Neman Sahyun viram de perto o processo de tratamento da água



A água que sai das torneiras, limpa e própria para consumo, percorre um longo caminho até chegar às casas dos londrinenses. É captada de rios, tratada e distribuída pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), que detém, atualmente, a concessão dos serviços públicos de saneamento básico em várias cidades do Estado. Grande parte da população sequer tem ideia de como tudo acontece. Por isso, mostrar de perto como funciona esse processo, as reais dimensões dos equipamentos e bombas, por meio de projetos e programas educativos, faz parte de uma das frentes da instituição, que produz, em média, mais de 4,7 milhões de litros de água por mês para atender cerca de 230 mil pontos entre imóveis residenciais, comerciais, industriais somente para o município.

Um dos programas da companhia é de educação ambiental, que, além das palestras educativas nas escolas, possibilita visitas de alunos a algumas das instalações tanto de captação e abastecimento de água, quanto de tratamento de esgoto. Em Londrina, a Sanepar possui três Estações de Tratamento de Água (ETA): Cafezal, Tibagi e Guarani; e outras cinco Estações de Tratamento de Esgoto (ETE): Norte, Sul, Esperança, Cafezal e São Lourenço. Desde o início do ano, mais de 600 estudantes desde o Ensino Fundamental ao nível universitário conheceram as estações e os processos, como os cerca de 30 alunos do terceiro ano da Escola Municipal Neman Sahyun, que estiveram, recentemente, na ETA Cafezal, na região central de Londrina, para conhecer todo o percurso da água, como é tratada e depois distribuída.

Antes de ver tudo isso, os alunos assistem a um vídeo, elaborado de forma bem didática, que explica tudo o que vão encontrar nas instalações. "Mostramos o caminho das águas, como é feita sua captação, tratamento e transporte até a casa dos moradores. Também abordamos questões como coleta de esgoto e o devido tratamento antes de voltar para o meio ambiente", diz a gestora socioambiental Andréa Fontes que, em sua explicação às crianças, usa uma linguagem acessível e descontraída. Dessa forma, conseguem sensibilizá-los de que também são responsáveis pelo meio ambiente, pois, o uso da água de forma racional, bem como a importância da mata ciliar e a produção de lixo consciente refletem diretamente em recursos hídricos de quantidade e qualidade.

As águas da ETA Cafezal são captadas do Ribeirão Cambé por poços tubulares com mais de 200 metros de profundidade. "É preciso cavar bem fundo para acharmos água em quantidade e qualidade", explica a gestora. Depois de entenderem o processo, as crianças percorrem as passarelas da instalação, formada por dezenas de reservatórios e estações elevatórias de água. No total, as três ETAs possuem 60 reservatórios e 59 estações elevatórias de água. A água captada entra em um tanque chamado "desarenador", onde a areia mais pesada vai para o fundo. Dali, passa por uma tubulação rumo a casa de máquinas ou bombas para a inclusão de cloro e cloreto férrico para a eliminação dos micro-organismos. "Em seguida, são acrescidos os floculadores, produto que "junta" a sujeira em flocos grandes para que sejam separados nos tanques de decantação."

E não acaba por aí. A água limpa segue por canaletas para, então, passar por filtros formados por carvão mineral, areia e pedra, de forma que a sujeira que ainda persista fique presa na pedra. Na etapa final, a água recebe flúor e mais cloro para evitar a contaminação na distribuição e ajudar na saúde bucal da população. "Todo esse processo garante que a água chegue totalmente limpa, pronta para ser consumida, sem a necessidade de filtros caseiros. A única medida que recomendamos é a limpeza da caixa d'água, pelo menos duas vezes ao ano, para evitar o acúmulo de musgos e micro-organismos", complementa a gestora. A visita termina nos laboratórios, onde são feitas análises da qualidade da água.

Imagem ilustrativa da imagem No caminho das águas



VISITAS
Além de visitas nas unidades da Sanepar, profissionais da companhia atendem pedidos para realizarem palestras em escolas e outras instituições. Professores interessados em agendar visitas técnicas às instalações da Sanepar em Londrina devem entrar em contato pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone (43) 3373-4314. Por questões de segurança, apenas crianças com mais de 9 anos podem participar das visitas.