Frases reflexivas sobre o processo de degradação que a humanidade atravessa que o jornalista Francismar Lemes costumava postar em sua página pessoal do Facebook serviram de base para traçar o perfil dos personagens da peça "Mergulho de Escafandro". O espetáculo que conta a história de cinco refugiados à deriva em um navio abandonado pela tripulação terá apresentações nos dias 24 e 30 de junho, às 19 horas, na Vila Cultural Cemitérios de Automóveis. A montagem aborda contradições contemporâneas mundiais abrindo debate sobre temas como política, medos, liberdade e preconceito.
"É um texto tenso, que fala sobre os limites da vida. Diante da morte, os personagens se perguntam: o que fazer agora? Apesar da densidade, a peça transcorre como um trailler no estilo da série Walking Dead. São histórias isoladas sobre a miséria humana com uma pessoa devorando a outra para tentar sobreviver", detalha o autor.
Lemes salienta que a peça faz uma ponte com vários fatos que estão ocorrendo no Brasil e no mundo. "Escrevi esse texto no primeiro semestre do ano passado, quando a questão dos refugiados ainda não havia ganhado tanta repercussão. Senti vontade de falar sobre a miséria humana e percebi que esse tema nunca esteve tão atual. Basta perceber o que está acontecendo com a política do nosso País e com tantos outros episódios de intolerância mundo afora", argumenta.

Equipamento antigo de mergulho no fundo do mar, em forma de armadura de borracha e latão na parte da cabeça

Aquele que se vê obrigada a deixar seu país de nacionalidade, seja por perseguição devido à sua raça, religião ou destruição territorial, e busca refúgio em outro país

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