Ninguém sabe muito bem como surgiu a ideia de contar carneirinhos para cair no sono. Mas depois que a ideia deu certo, os carneiros começaram a ter novas possibilidades de trabalho.
Muitos deles deixaram de apenas fazer lã fofinha para trabalhar na tarefa de fazer dormir pessoas com insônia. Um tipo de trabalho que, em algumas situações, exige muita dedicação dos bichos. Isso porque existem insones que só dormem após contar 50 carneirinhos, e existem aqueles que só pegam no sono depois de contar mais de mil.
Em "Um Nó na Cabeça", a escritora carioca Rosa Amanda Strausz narra a história de Tico, um desses carneirinhos que trabalham para fazer os insones dormirem. Toda noite entrava na fila para pular a cerca e ser contado por alguma pessoa com dificuldade de dormir.
O detalhe era que Tico não era um carneiro como todos os outros. Ele não conseguia ficar quietinho na fila esperando sua vez de ser contado. Ficava distraído, saía da fila, começava fazer outra coisa, etc. Enfim, tumultuava tudo e aumentava a insônia das pessoas.
Em decorrência de seu jeito de ser, Tico foi despedido do trabalho inúmeras vezes. Vivia mudando de insone, atrapalhava o trabalho de outros carneiros. Levava altas broncas da mãe, mas não conseguiu ser um carneirinho fofinho como os outros.
Após várias situações complicadas, Tico finalmente encontra seu lugar no mundo. E seu lugar não era ser fofinho e fazer as pessoas dormirem, mas despertá-las.
Publicado pela editora FTD com ilustrações de Laurent Cardon em nova edição, "Um Nó na Cabeça" revela que alguns carneirinhos possuem particularidades específicas, um jeito próprio de ser diferente do normal.
Alguns carneirinhos podem ter um nó dentro da cabeça. Um nó que nem sempre precisa ser desatado. Um nó que apenas precisa ser compreendido.

SERVIÇO
"Um Nó na Cabeça"
Autor – Rosa Amanda Strausz
Ilustrações – Laurent Cardon
Editora – FTD
Páginas – 48
Quanto – R$ 38,40