Imagem ilustrativa da imagem LEITURINHA - Onças, cobras e macacos
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Num longínquo passado, não havia noite no mundo. O sol nunca se escondia. Só o dia existia. Os homens viviam em cansados, pois dormir era uma tarefa árdua.
Para resolver o problema, um índio chamado Uánham decidiu trazer a noite ao mundo. Era conhecimento de todos que a escuridão era propriedade da grande serpente Surucucu.
Uánham procurou a cobra e propôs um negócio, Surucucu daria a noite ao mundo e em troca receberia vários presentes. A serpente aceitou a proposta. Entregou a noite aos homens e ganhou vários presentes.

Entre os presentes que recebeu, estava um que ela particularmente gostou: um poderoso veneno. E assim a Surucucu se tornou a maior serpente venenosa da América do Sul. Na língua tupi seu nome significa "a que dá muitas dentadas" ou "a que dá muitas mordidas".
Essa lenda dos índios Maués que narra a origem da noite, bem como a origem do veneno da cobra surucucu, integra o livro "Lendas da Amazônia... E é Assim Até Hoje". De autoria de Flávia Savary, a obra acaba de ser relançada pela editora FTD com ilustrações de Tati Móes.
A autora reconta dez lendas de indígenas da região amazônica recolhidas por folcloristas do século 19 como José Vieira Couto de Magalhães, João Barbosa Rodrigues, Manuel Nunes Pereira e Herbert Baldus.

A seleção de Flávia Savary prioriza lendas que narram a origem das coisas. A origem da noite, do guaraná, do fogo, da mandioca e da vitória-régia, entre outras.

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Serviço:
"Lendas da Amazônia... E é Assim Até Hoje"
Autor – Flávia Savary
Ilustrações – Tati Móes
Editora – FTD
Páginas – 72
Quanto – R$ 45,90