Cena de "The Shape of Water": fábula de amor entre uma empregada muda e uma estranha criatura
Cena de "The Shape of Water": fábula de amor entre uma empregada muda e uma estranha criatura | Foto: Reprodução



O júri do 74º Festival de Veneza premiou no sábado (9), o mexicano Guillermo del Toro com o Leão de Ouro por "The Shape of Water", fábula de amor delicada entre uma empregada muda e uma estranha criatura anfíbia.
Ambientado em 1962, em plena Guerra Fria, o filme conta a história dessa jovem muda, Elisa (Sally Hawkins), cujos únicos amigos são uma colega de trabalho negra e um vizinho gay. Em uma ode às diferenças, trata-se do "antídoto perfeito contra o cinismo, já que atinge as emoções", disse o diretor.
No longa, o mexicano volta a dar asas à sua paixão por criaturas fantasmagóricas, mediante um chamativo universo visual.
"Se você permanecer puro e com sua fé, com aquilo em que acredita - no meu caso, monstros -, você consegue fazer qualquer coisa", disse o diretor na noite de sábado, ao receber o prêmio, entregue pela presidente do júri, Annette Bening.
Del Toro, que vive nos Estados Unidos, dedicou o troféu "a todos os diretores mexicanos e latino-americanos que sonham em fazer algo que passe uma mensagem, que ouviram que isso não poderia ser feito. Isso pode ser feito." O Leão de Prata foi para o francês Xavier Legrand por Jusqu'à la Garde.