Com orientações bastante práticas sobre a produção de tirinhas, a professora de português Claudia Bertoni Pavanello participou na última quarta-feira de uma palestra para 50 professores de escolas integrantes do Programa Folha Cidadania. O evento foi realizado no auditório da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil).
Ao ressaltar que a tirinha é um gênero de narrativa que também tem começo, meio e fim, ela lembrou a importância do desenvolvimento dos argumentos rápidos que apelem para o humor e a ironia. "A graça está no nosso cotidiano, nas coisas simples do dia a dia. A gente só precisa exercitar mais o olhar", defendeu. E o primeiro passo é definir o personagem, que pode ser qualquer coisa, como um lápis, uma faca e até mesmo um pé.
Na sua opinião, o foco principal no desenvolvimento das tiras de humor feitas pelas crianças, em média de 10 anos, não deve ser a parte estética dos desenhos e sim a originalidade das ideias - "a sacada, o inusitado". "Não sofram com isso. Deem a liberdade para as crianças irem aprimorando suas melhores ideias e partilhem com elas a sua dificuldade em também fazer uma tira. Um bom exercício é construírem na lousa uma tira coletiva, com os alunos e a professora", sugeriu. "Outra coisa interessante é vocês serem os 'escribas' dos seus alunos, todo mundo acaba aprendendo junto", acrescentou.
Seja a partir de uma história engraçada vivida – ou ouvida – tudo pode virar mote para uma boa história em quadrinhos. (A.P.N.)