A peça infantil O Pequeno Príncipe Brasileiro, encenada pelo Grupo de Teatro do Colégio Positivo, fica em cartaz até o próximo domingo (23) no Teatro Positivo - Jardim Ambiental, após um mês de exibição. Inspirado na infância de D. Pedro II, o espetáculo foi criado com base na história imperial e na literatura infanto-juvenil da época. Agrada as mais variadas faixas etárias - desde crianças até idosos são cativados por personagens do contexto infantil, como Iara, o Gato de Botas, o Barão de Münchhausen e Robison Crusoé, que aparecem ao longo da peça para ilustrar o encanto e a magia que os livros proporcionaram ao imperador.

De forma divertida, os alunos/atores mostram que, por ter sido disciplinado e orientado para o estudo das ciências, línguas e artes, por conta de sua responsabilidade futura com o Brasil, provavelmente, D. Pedro II foi um garoto visionário, com uma fértil e criativa imaginação. E essa realidade da época é retratada com diálogos leves entre os personagens, que transformam fatos puramente históricos em uma encenação educativa e divertida e mostram que o imperador foi uma criança como qualquer outra. Essa aproximação com a realidade de hoje proporciona às crianças que assistem à peça a identificação com D. Pedro II e com os próprios atores que interpretam o personagem histórico. É comum, na saída do espetáculo, ouvir os pequenos dizerem que gostariam de ser o Pequeno Príncipe Brasileiro. Não é por menos: o texto permite interação com a plateia. Os alunos/atores fazem perguntas e o público infantil responde, deixando-se levar pela história contada.

Para Lucas Bazani, de 13 anos, que vive D. Pedro II no elenco do Positivo Júnior, o imperador do Brasil pode ser comparado às crianças de hoje. "Ele gostava de brincar como qualquer um. Apesar de estudar muito, gostava de se refugiar nos livros e tinha um lado bem criança", comenta. Juliana Rios Taques, de 12 anos, intérprete do Gato de Botas e da Empregada do mesmo elenco, também acredita que D. Pedro II foi um menino como todos os outros. "A única diferença é que ele sempre estava rodeado por pessoas que verificavam se ele estudava, comia, dormia. Mas a infância dele não foi tão diferente da nossa", explica.

O Pequeno Príncipe Brasileiro conta com dois elencos que se revezam nas apresentações (Colégio Positivo Júnior e Colégio Positivo – Jardim Ambiental), compostos por nove alunos cada, com idades entre 11 e 14 anos. A cada dia, a encenação esteve melhor, o que refletiu no público, que aumentou. Todos ensaiaram sob a orientação da professora e assessora de teatro do Colégio Positivo, Rafaela Ricardo, e do professor e diretor de elenco, Fabiano Amorim, para compor a peça criada pelo profissional de Comunicação e diretor corporativo de Marketing do Grupo Positivo, Rogério Mainardes, e escrita por Adriano Messias. O valor arrecadado com a venda dos ingressos será destinado à APACN - Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia.