São Paulo - Muitas reviravoltas prometem agitar os próximos capítulos de ''Lado a Lado'' (Globo). Entre elas, a chegada de Catarina, vivida por Alessandra Negrini. Longe das novelas desde 2007, quando viveu as gêmeas Paula e Taís, de ''Paraíso Tropical'' (Globo), a atriz entra na trama das seis na pele de uma cantora lírica que abalará o casamento de Edgar (Thiago Fragoso) e Laura (Marjorie Estiano). ''Ela se faz de boazinha, mas não engana ninguém. Vai armar muito para atrapalhar a felicidade dos pombinhos'', diz.
Depois de brigar com Laura por ter escondido a carta que continha informações da cantora, Edgar viajará a Portugal para conhecer a filha que está doente. ''Eles viveram uma aventura. Ela engravidou e vai usar a criança como isca, claro'', conta a atriz.
Para viver o papel, Alessandra fez aulas de embocadura (para dublar o canto de sua personagem) e postura. Além disso, a atriz conta que é apaixonada pelo período retratado na trama, o início do século 20, e lê muito sobre a Belle Époque francesa e os contos de Machado de Assis (1839-1908). ''Falam da explosão da cultura, da liberação da mulher e de pessoas conscientes de que estavam vivendo um momento de grandes mudanças. É um prazer poder fazer essa viagem em um tempo que, particularmente, eu adoro'', define a atriz.
Antes de voltar às novelas, Alessandra participou da série ''As Cariocas'' (Globo, 2010) e do especial ''Tal Filho, Tal Pai'' (Globo, 2010). Também se dedicou ao teatro, com os espetáculos ''A Gaivota'' (2008) e ''A Senhora de Debuque'' (2011). No cinema, fez ''2 Coelhos'' (2012), escrito e dirigido por Afonso Poyart. ''Foi um período muito feliz, mas eu não tenho preferência por nenhum meio. O que me atrai são bons personagens'', diz.
A volta aos folhetins também aconteceu pelas mãos do diretor Dennis Carvalho, com quem Alessandra comemora sua quarta parceria. ''Sempre deu certo, é sucesso, e ele sabe o que faz, sem frescura. É um diretor que a deixa livre para criar e a ampara.''
Na pele de outra vilã, Alessandra afirma que esse tipo de papel é mais interessante de ser feito, mas aponta que o melhor em viver uma mocinha é poder falar de amor. ''Todo trabalho é difícil no começo, divertido no meio e uma vitória pessoal quando termina'', resume.