Ao longo da carreira, Alex Barros acumulou 109 pódios, 55 vitórias e 10 títulos nacionais e internacionais
Ao longo da carreira, Alex Barros acumulou 109 pódios, 55 vitórias e 10 títulos nacionais e internacionais | Foto: Marcello Zambrana/Vipcomm



Com a experiência e os números que lhe garantem o posto de maior piloto da história da motovelocidade brasileira, Alexandre Barros voltou à ativa em 2017. Aos 46 anos, mostra que o tempo não diminuiu o talento e, após três etapas, lidera a Superbike Pro, a principal categoria do motociclismo nacional.
Após disputar sua última temporada do MotoGP (Mundial de Motovelocidade) em 2007, Alex Barros participou de corridas esporádicas nos anos seguintes e a decisão de retornar às pistas vai muito além da paixão pelas motos. "Claro que tem o lado pessoal, o gosto pela motovelocidade, a ambição de andar. Mas, voltei mesmo com o objetivo de contribuir com o motociclismo brasileiro e alavancar o esporte na busca de patrocinadores e parceiros", afirma.
Alex Barros é piloto profissional há 30 anos e durante 21 disputou o MotoGP. Ao longo da carreira acumulou 109 pódios, 55 vitórias e 10 títulos nacionais e internacionais. Se nas pistas Barros levou o nome do Brasil pelo mundo afora e abriu caminho para as novas gerações, fora dele o trabalho tem sido importante também para o desenvolvimento da modalidade.
Em 2011, criou o MotoGP1000 e no ano seguinte montou a equipe Alex Barros Racing, que em 2014 alavancou um projeto inédito no País para a formação de novos pilotos. "Temos procurado oferecer a oportunidade e as condições de desenvolvimento para estes garotos e, inclusive, abrindo possibilidades de correr fora do País", frisa. "Não é fácil conciliar o trabalho na equipe e dentro das pistas. Meu pai e meu irmão têm ficado mais no comando da equipe para que eu possa, ao menos no fim de semana, me concentrar nos treinos e nas corridas".
O esforço tem valido a pena. Alex Barros mantém a liderança do Superbike Brasil com 84 pontos pontos apósm a vitória de ontem em Interlagos, em São Paulo, pela quarta etapa. O londrinense Diego Faustino (Honda Racing) assumiu a vice-liderança, com 65, ao chegar em terceiro na capital paulista. "A cabeça ainda é de um garoto, mas o corpo não", brinca o multi campeão. "Mudamos a marca da moto para sermos mais competitivos e temos trabalhado muito e com isso os resultados estão melhorando".

Nível alto
Alex Barros avalia que o nível das competições no Brasil tem crescido muito e isso abre uma ótima perspectiva para o surgimento de novos pilotos do País com potencial para brilharem internacionalmente. "Este ano temos feito dois segundos mais rápido por volta em relação a 2016. Todo mundo está melhorando e hoje o Brasil tem as melhores competições da América Latina", aponta. "Hoje a nossa equipe tem três pilotos correndo fora do País. Um dos destaques é o Diogo Moreira (12 anos) que está na Espanha e passando por mais duas categorias começa a competir em um Mundial".