São Paulo - Depois de anunciar os convocados do Brasil para o amistoso contra a Colômbia, o técnico Tite admitiu que torceria por um empate no confronto, agendado para acontecer em 25 de janeiro, que não é uma data reservada pela Fifa para compromissos internacionais e marcará o dia em que as duas seleções jogarão com o objetivo de arrecadar fundos aos familiares das vítimas da tragédia aérea da Chapecoense, ocorrida no ano passado.
O treinador externou este desejo por causa das lindas homenagens feitas pelos colombianos do Atlético Nacional e seus torcedores à Chapecoense no final de novembro, após o acidente que matou 19 dos jogadores da equipe e um total de 71 pessoas no avião que caiu perto do aeroporto de Medellín, para onde o time catarinense viajava visando a partida de ida da final da Copa Sul-Americana.
"Nós (da seleção brasileira) falamos com o (José) Pekerman (técnico da Colômbia) ontem e fiz questão de agradecer a ele, ao povo colombiano, através dele, que é da minha hierarquia, por aceitar o jogo como forma de homenagem à Chapecoense e de a gente retribuir o carinho do povo colombiano. Sei do grau de competitividade, mas acima de tudo convergimos que o resultado, humanamente, pouco importa. Se tivesse algum jogo em que eu entrasse no campo e quisesse que ele terminasse em empate, seria esse", reconheceu Tite, em entrevista coletiva concedida na sede da CBF.
Tite, entretanto, fez questão de enfatizar que esse seria apenas o seu desejo hipotético de torcedor, lembrando que o mesmo não tira o peso da partida e nem a responsabilidade dos jogadores que foram convocados. "Inicialmente eu achei que (o amistoso) era conflitante. Pelo cunho dele, o jogo diz muito mais do que vencer ou perder, ele é de uma grandeza muito maior, mas ao mesmo tempo eu não vou retirar a ambição e os objetivos que um atleta individualmente tem", afirmou. (AE)