São Paulo - Há nove anos, o então presidente Marcelo Portugal Gouvêa bancou sozinho a contratação de um jovem zagueiro uruguaio desconhecido para pôr fim aos problemas defensivos. Pouco tempo depois, Diego Lugano conquistou a vaga de titular e saiu do anonimato para se tornar um dos maiores ídolos recentes da torcida são-paulina.
O presidente agora é Juvenal Juvêncio, mas o roteiro é bastante parecido. Sem consultar ninguém, o mandatário fechou a contratação de Paulo Assunção, volante marcador e com muitos títulos na carreira. Sua chegada tem como principal objetivo dar fim aos problemas de marcação no meio-campo, setor que tem seus dois titulares (Wellington e Fabrício) machucados e é atualmente o foco de maior preocupação para o técnico Ney Franco.
Se a contratação dará certo ou não ainda é uma incógnita, mas a exemplo de Lugano, Assunção não dá bola para o rótulo de ''jogador do presidente'' e diz que já enfrentou coisas piores. ''Fui campeão sete vezes no Porto, e quando cheguei no Atlético (de Madrid) disse que estava lá para ser campeão. Minha mulher até me deu uma bronca falando que eu estava louco porque eles não ganhavam nada, mas acabamos sendo campeões da Liga Europa depois de 48 anos'', contou o jogador, que usará a camisa 12. ''Vim para ajudar com a minha experiência, sei que isso é importante pelo fato de ter jogado muito tempo fora do Brasil.''